Origem: usado há milênios na Ásia, o alho foi levado para a região do Oriente Médio e Europa na Antiguidade — e chegou nas Américas com os colonizadores. Esse tempero sempre foi importante na medicina fitoterápica, e ganhou papel fundamental nas culinárias portuguesa, italiana, espanhola, francesa e, claro, brasileira.
Forma de uso: de sabor picante e quente, esse vegetal é servido laminado, picado, esmagado ou inteiro. Ele pode ser comido cru, mas o mais comum é que seja levado ao fogo — e o momento em que isso acontece faz toda a diferença. Quando quiser que apenas ressalte o sabor dos outros ingredientes, adicione-o logo no início da cocção. Se colocar só no final, o tempero vai dominar o prato.
Com o que combina: Aposte no alho para aromatizar vegetais, saladas, marinadas de todos os tipos de carnes, refogados e molhos crus e cozidos, sopas, pães, conservas e azeites.
Com o que não combina: Não invente. Deixe o alho de fora dos doces.
Benefícios nutricionais: desde a Antiguidade, suas propriedades benéficas são alvo de estudos. O tempero é reconhecido por auxiliar contra doenças cardiovasculares: um estudo publicado no periódico Journal of Nutritional Biochemistry descobriu que o consumo frequente diminui os percentuais de gordura no sangue.
O elo entre a ingestão de alho e a redução no risco de câncer também desperta a atenção dos especialistas. E guarde essa dica para o inverno: pesquisa publicada no periódico American Family Physician afirma que incluir alho na dieta diminui a frequência de resfriado em adultos.
Como plantar: Ele não é fácil de cultivar e exige paciência — a primeira colheita pode demorar até oito meses. O plantio dos dentes deve ser feito em vasos com solo arenoso e pouca umidade. A planta precisa ser mantida em lugar bem fresco.
Fontes entrevistadas: Vanderli Marchiori, nutricionista e fitoterapeuta de São Paulo, e Rosângela Carvalho, nutricionista e fitoterapeuta do Rio de Janeiro