Nos últimos anos, vimos profissionais de várias áreas entrarem na onda da marmita. Com a pandemia do coronavírus, o movimento ganhará ainda mais adeptos. Pelo menos é o que aponta uma pesquisa da VR Benefícios, feita em parceria com o Instituto Locomotiva. As entrevistas online com 2 481 brasileiros de todas as regiões indicam que subiu de 47 para 54% a quantidade de gente que pretende virar marmiteira.
Para Roseli Cândeo, instrutora de gastronomia do Senac EAD, entre os motivos que explicam essa tendência estão o custo da alimentação — mais cara fora de casa — e o medo de contaminação pelo vírus. Para ela, a saúde sai ganhando, já que, diante de tanta diversidade nos restaurantes, é comum montarmos pratos gigantes e desequilibrados.
Dicas de ouro
Roseli ensina alguns truques a quem vai apostar nas marmitas
Temperatura
A comida que passou por cocção precisa ser conservada abaixo de 5 °C ou acima de 60 °C. Se a temperatura ficar no meio do caminho, há risco de proliferação de micro-organismos.
Transporte
Use uma ótima térmica. Outra dica de Roseli é que, em casa, a comida permaneça congelada. Aí, durante o trajeto até o trabalho, não há risco de a temperatura ultrapassar 5 °C.
Pote
Para a instrutora de gastronomia, o vidro é o melhor material. “É o mais seguro e fácil de lavar”, elogia. Com o tempo, o plástico pode liberar elementos nocivos à saúde.
Montagem
Ao congelar a comida, não deixe espaços vazios para não formar cristais de gelo. Já corte certos itens, como bifes. A salada vai em outro pote — e com o tempero à parte.
Demandas ao comer fora
Segundo Paulo Grigorovski, diretor-executivo de Marketing e Serviços ao Trabalhador da VR Benefícios, as pessoas ainda contaram o que esperam de um restaurante no novo normal. As principais demandas são: intensificar a limpeza e a desinfecção do ambiente (92%); fácil acesso a álcool em gel (91%); manter o ambiente mais aberto e ventilado (88%); e mais barreiras físicas para proteger equipamentos e comida (79%).