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Maconha medicinal também é estudada em animais

A discussão sobre o uso de canabidiol não envolve só gente. Pesquisas também estão acontecendo na medicina veterinária

Por Maria Tereza Santos
Atualizado em 8 fev 2020, 11h35 - Publicado em 8 fev 2020, 10h35
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  • Estudiosos da Universidade Estadual do Colorado, nos Estados Unidos, analisaram 26 cachorros com um tipo de epilepsia por 12 semanas e notaram uma queda significativa nas crises entre os pets que usaram óleo de canabidiol (CBD) comparados aos que receberam placebo — produto sem nenhum princípio ativo.

    “Existem mais de 30 mil trabalhos sobre o tema no mundo, mas menos de um terço abrange cães e gatos. No Brasil, estão em fase inicial”, conta o veterinário Tarcísio Barreto, da Policlínica Animal, em Natal. Há ainda a expectativa de recorrer à substância em casos de câncer, dor crônica e outras desordens neurológicas.

    Por ora, no entanto, os veterinários não podem receitá-la. “Esperamos que, no futuro, o canabidiol dê qualidade de vida aos bichos”, diz Barreto.

    E os efeitos alucinógenos?

    Barreto explica que não há risco de o canabidiol (CBD) provocar nos animais o mesmo impacto sentido por indivíduos que fumam a erva, já que o tal “barato” é fruto de outra substância da maconha, o tetra-hidrocanabinol (THC).

    “O THC é a substância psicótica. O CBD, por outro lado, promove benefícios de forma indireta, sem provocar efeitos adversos”, diferencia o profissional.

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    O que muda na vida do pet se ele tiver de fazer uso do canabidiol

    Comida especial: é necessária uma dieta rica em proteínas, gorduras e fibras e menos carboidratos para fortalecer o organismo.

    De olho nos filhotes: eles são mais suscetíveis a efeitos adversos. Por isso, dependem de uma avaliação cuidadosa quanto à dose.

    Quantidade ideal: vai depender da raça do animal e também do tipo de doença ou sintomas apresentados.

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    Ache um especialista: como se trata de uma terapia nova, será crucial consultar um veterinário atualizado sobre a planta.

    Maconha não é a cura: “Ela é coadjuvante em tratamentos já instituídos. Sozinha, não resolve as doenças”, pontua Barreto.

    Faltam pesquisas: a maioria ainda está em andamento. “Mas já temos muitas evidências clínicas”, afirma o veterinário.

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