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Ser otimista é melhor para a saúde do coração, diz estudo

Levantamento com dados de mais de 200 mil pessoas aponta risco 35% menor de ter um infarto ou AVC em quem pensa positivo

Por Chloé Pinheiro
22 out 2019, 18h50

Você costuma esperar que coisas boas aconteçam? Se sim, saiba que essa atitude positiva pode diminuir o risco de um infarto ou acidente vascular cerebral (AVC). É o que indica um grande estudo recente, feito por especialistas da Universidade Harvard e do Hospital Monte Sinai, ambos nos Estados Unidos.

Os cientistas combinaram o resultado de 15 pesquisas anteriores, que, juntas, somaram 229 391 voluntários, acompanhados por quase 14 anos, em média. Entre os otimistas, o risco de sofrer um evento cardiovascular, como infarto ou derrame, foi 35% menor. Já o de morrer por qualquer causa caiu 14%.

Outros levantamentos já associaram o pessimismo a doenças cardíacas. Mas essa é uma das primeiras análises robustas sobre as evidências disponíveis do efeito do otimismo na incidência de encrencas cardiovasculares.

Por que o otimismo faz bem para a saúde?

Os autores listaram hipóteses no artigo científico. Em investigações anteriores, pessoas que viam o copo meio cheio aderiam mais a três práticas que protegem o peito: praticar exercícios físicos, comer bem e não fumar.

Questões fisiológicas também foram citadas. O pessimismo incitaria a produção de substâncias inflamatórias na circulação, que comprometem a integridade dos vasos sanguíneos. O excesso de pensamentos negativos ainda foi associado com alterações na pressão arterial e na liberação de hormônios do estresse, como o cortisol.

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Dá para treinar o otimismo?

Primeiro, é preciso entender que essa revisão de estudos possui suas limitações. Cada pesquisa avaliada, por exemplo, incluía grupos distintos — de adolescentes a idosos — e os fatores de risco controlados variavam bastante.

Mesmo assim, o achado é plausível. Em breve, intervenções psicológicas a favor da felicidade poderão fazer parte do tratamento e da prevenção de doenças cardíacas. Sim, os profissionais envolvidos nessa investigação fazem questão de destacar que o pessimismo pode ser reduzido (e o otimismo, incentivado) com medidas como a terapia cognitivo-comportamental e técnicas de psicologia positiva.

Por outro lado, faltam estudos para compreender se o otimismo “treinado” é tão poderoso quanto aparenta ser o “natural”. Enquanto os cientistas trabalham nesses dilemas, que tal praticar por conta própria? Mal não faz. O neurocirurgião Fernando Gomes deu dicas para treinar o cérebro a ser mais otimista neste texto para a SAÚDE.

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