Facebook, YouTube, WhatsApp e outras plataformas não têm apenas o poder de modular o estado emocional das pessoas. Elas alimentam discursos de ódio e comportamentos agressivos que colocam a sociedade em perigo.
E o pior: as gigantes da tecnologia por trás delas sabem dos riscos e pouco fazem para mitigá-los. Eis as conclusões do jornalista americano Max Fisher em A Máquina do Caos (Todavia).
O livro condensa uma aprofundada apuração sobre o modus operandi das mídias sociais — que se baseia inclusive em algoritmos que escapam ao controle de seus donos.
Do massacre contra uma minoria em um país asiático à influência perniciosa nas eleições brasileiras e americanas, passando pelo estímulo direto e indireto a grupos neonazistas e a crimes como pedofilia, Fisher tira uma radiografia obscura das redes. E nos deixa com a convicção de que algo precisa ser feito para regulá-las.