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Vacinação contra a gripe é ampliada para todas as pessoas acima de 6 meses

Ministério da Saúde destaca que estados e municípios têm autonomia para definir os públicos para receber a vacina da gripe, de acordo com seus estoques

Por Lucas Rocha
1 Maio 2024, 12h35
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Até o momento, foram aplicadas mais de 17 milhões de doses, com uma cobertura vacinal de 26,7% (Foto: Breno Esaki/Agência Saúde DF/Divulgação)
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A campanha nacional de vacinação contra a gripe foi ampliada para toda a população a partir de seis meses de idade. Desde o início da iniciativa, em 25 de março, as vacinas foram disponibilizadas a grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde, de acordo com critério de risco aumentado de agravamento devido à infecção pelo vírus influenza.

Até o momento, foram aplicadas mais de 17 milhões de doses, com uma cobertura vacinal de 26,7%, de acordo com indicadores da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS).

O anúncio foi antecipado pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, na terça-feira, 30 de abril, nas redes sociais. De acordo com ela, a medida tem como objetivo responder ao aumento de casos no país, reduzindo complicações e o número de internações hospitalares.

+ Leia também: Gripe, resfriado, bronquiolite e Covid: os vírus estão no ar

“A vacinação é essencial para proteger a saúde da população e evitar a propagação, especialmente durante as estações mais frias, quando a incidência da gripe tende a aumentar”, afirmou a ministra em comunicado.

Apesar de circular durante todo o ano, o vírus da gripe apresenta uma sazonalidade, com maior predominância durante os meses mais frios do ano, nas estações de outono e inverno. Além disso, o comportamento da população durante essa temporada favorece a infecção, como o confinamento em lugares fechados.

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O Ministério da Saúde destaca que estados e municípios têm autonomia para definir os públicos, de acordo com seus estoques de vacina. Nesse sentido, permanece a prioridade aos grupos mais vulneráveis a complicações da gripe, como gestantes, puérperas, idosos, crianças menores de cinco anos e pessoas com comorbidades ou condições clínicas especiais.

+ Leia também: Teste para gripe: quando fazer e quais os tipos

No Norte do país, a imunização teve início em novembro de 2023. A mudança na estratégia visa acompanhar o contexto climático específico da região. O chamado “inverno amazônico” leva a uma maior circulação viral no final do ano, diferentemente das demais áreas brasileiras. Por isso, os estados nortistas permanecem de fora dessa nova etapa da campanha.

A vacina contra gripe disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é produzida pelo Instituto Butantan. As doses contam com três cepas do vírus influenza, definidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com base em estudos globais sobre a incidência da doença.

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Devido à alta taxa de mutação do agente infeccioso por trás da gripe, é necessário receber o imunizante atualizado uma vez por ano. Vale destacar que a vacina não é capaz de provocar a doença devido à sua composição por vírus não ativado.

A picada estimula o sistema imunológico a produzir defesas contra a infecção, reduzindo os riscos de casos graves e morte. Em média, os anticorpos passam a ser detectados entre duas e três semanas após a aplicação, com duração de 6 a 12 meses.

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