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Covid-19: veja o esquema vacinal de acordo com idade e condição de saúde

Número de doses é recomendado pelo Ministério da Saúde com base em evidências científicas de aumento e manutenção da imunidade e proteção

Por Lucas Rocha
27 nov 2023, 16h18
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Vacinação contra a Covid-19 entra para o calendário do Programa Nacional de Imunizações em 2024 (Foto: Breno Esaki/Agência Saúde DF/Divulgação)
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Ao longo da pandemia, as recomendações sobre a vacina da Covid-19 passaram por modificações com base em evidências científicas sobre a duração da imunidade e da proteção contra a doença.

O número de doses é estabelecido pelo Ministério da Saúde, com aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e seguindo a bula dos fabricantes das vacinas.

A imunização é a principal forma de prevenção contra o agravamento da doença, evitando hospitalizações e reduzindo o risco de morte.

A partir do ano que vem, a vacinação contra o coronavírus será incluída no Programa Nacional de Imunizações e deve ser rotineira para grupos de risco.

+ Leia também: Nobel de Medicina celebra vacinas da Covid-19

Como fica a vacinação contra a Covid em 2024

A imunização contra o coronavírus será incluída no Calendário Nacional de Vacinação. Dessa forma, ficará disponível para grupos prioritários durante o ano inteiro no Sistema Único de Saúde (SUS).

“Com a transformação da Covid-19 em uma doença mais endêmica, muito semelhante à gripe, não faz mais sentido a revacinação periódica de toda a população mundial. Não é recomendação de nenhum programa de imunização, tampouco da Organização Mundial da Saúde”, esclarece o médico Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

Nesse contexto, a decisão do ministério é de priorizar crianças de 6 meses a menores de 5 anos e os indivíduos com maior risco de desenvolver as formas graves da doença.

A lista estipulada pela pasta inclui:

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  • Idosos
  • Imunocomprometidos
  • Gestantes e puérperas
  • Profissionais de saúde
  • Pessoas com comorbidades
  • Indígenas, ribeirinhos e quilombolas
  • Indivíduos que vivem em instituições de longa permanência e seus trabalhadores
  • Pessoas com deficiência permanente
  • Pessoas privadas de liberdade maiores de 18 anos
  • Adolescentes e jovens em medidas socioeducativas
  • Funcionários do sistema prisional
  • Pessoas em situação de rua

Com exceção das crianças, eles devem repetir a imunização todos os anos, como é feito com a gripe. Isso não quer dizer que pessoas fora desse recorte não devam se vacinar.

“A imunização contra a Covid-19 deve ser, idealmente, universal, por se tratar de uma doença de rápida propagação e com capacidade de gerar vírus com mutações com alta frequência. Entretanto, quando falamos em políticas públicas, devemos priorizar grupos mais vulneráveis”, diz o médico infectologista Pedro Campana, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e membro do corpo clínico do Núcleo de Medicina Afetiva (NuMA).

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Vacinas Covid-19 pediátricas da Pfizer (Foto: Myke Sena/MS/Divulgação)

A inclusão da Covid-19 no calendário de rotina para grupos semelhantes aos recomendados para a gripe tende a ampliar a adesão, esperam os especialistas.

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“Isso permite aplicar as vacinas conjuntamente e facilita a comunicação para quem está nos serviços de saúde. Assim, todos entendem que as pessoas que têm maior risco para hospitalização de influenza também estão em maior risco de internação por Covid-19”, afirma o médico infectologista Julio Croda, professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

Além da preocupação com o agravamento da doença, outros fatores influenciam na escolha dos grupos prioritários. “Priorizar grupos como crianças diminui a transmissão viral, uma vez que elas são grandes vetores de doenças respiratórias”, acrescenta Campana.

+ Leia também: OMS endurece recomendação contra ivermectina em diretriz sobre Covid-19

O esquema vacinal para crianças, adultos e idosos

Atualmente, as vacinas contra o coronavírus estão recomendadas para toda a população a partir de 6 meses de idade com diferentes orientações sobre dosagem.

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  • Crianças dos seis meses aos cinco anos: três doses das vacinas monovalentes (feitas com base na cepa original do coronavírus) pediátricas.
  • Pessoas dos 5 aos 17 anos: duas doses das vacinas monovalentes + um reforço
  • Pessoas dos 18 aos 39 anos: duas doses das vacinas monovalentes + um reforço, que pode ser feito com a bivalente
  • Pessoas com 40 anos ou mais: duas doses das vacinas monovalentes + dois reforços, que pode ser feito com a bivalente

A vacina bivalente da Pfizer é formulada a partir da cepa original do coronavírus e de linhagens mais recentes em circulação.

Ela é adotada como uma dose de reforço para a população a partir de 12 anos de idade, se grupo prioritário, e para toda a população a partir de 18 anos de idade.

+ Leia também: A revolução do RNA: muito além das vacinas

Para as pessoas imunossuprimidas (veja quem são), o plano vacinal é o mesmo para todas as faixas etárias, com a diferença de inclusão de uma dose a mais para cada esquema. Ou seja, uma criança imunossuprimida toma quatro doses, em vez de três.

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Trata-se de uma dose adicional, uma vez que o grupo apresenta maior vulnerabilidade para o risco de adoecimento e complicações da doença. De acordo com o Ministério da Saúde, as vacinas disponibilizadas são as de plataforma RNA mensageiro, da Pfizer.

Findo esse esquema inicial, os grupos prioritários devem refazer a vacina todo ano, como explicado anteriormente.

Proteção

Quem ainda não completou o ciclo vacinal ou está com alguma dose de reforço em atraso pode atualizar a caderneta em unidades de saúde do SUS.

Após a finalização do esquema básico de imunização, quem não faz parte dos grupos prioritários citados anteriormente poderá receber doses adicionais da vacina na rede privada.

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Seria uma proteção extra, mas, segundo o médico Alberto Chebabo, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) os públicos que não foram contemplados com a inclusão da vacina no calendário de rotina permanecem protegidos.

“Em termos de estratégia de saúde pública, é preciso definir onde alocar o recurso e qual população mais vai se beneficiar. O restante da população tem proteção e ela não parece se reduzir, principalmente para os quadros graves, que é o mais importante em relação à vacinação”, diz Chebabo.

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