Taxa de sobrevivência para quase todos os tipos de câncer cresceu
Avanços nas últimas décadas tornaram os tumores menos letais — mas especialistas ressaltam que mais medidas preventivas devem ser tomadas
Um relatório do Instituto Nacional do Câncer, nos Estados Unidos, em parceria com outras associações traz um dado animador. De algumas décadas para cá, a taxa de sobrevivência por cinco anos ou mais após o diagnóstico de um tumor maligno cresceu consideravelmente. As únicas exceções são os casos de colo e de corpo de útero.
Essa constatação surgiu depois de os cientistas compararem indivíduos que tiveram câncer entre 1975 e 1977 com outros que sofreram dessa doença entre 2006 e 2012. Os maiores aumentos absolutos na sobrevida, de 25% ou mais, foram observados nos tumores de próstata e rim, bem como linfoma, mieloma e linfoma não-Hodgkin. “Investigar essas tendências é uma forma de avaliar o progresso contra o câncer”, explica Ahmedin Jemal, médico que fez parte da elaboração do documento.
De acordo com a pesquisa, a melhora englobou todas as raças. Porém, ainda existe uma disparidade — apesar de a incidência de câncer de mama ser parecida entre as mulheres, as negras possuem um risco 40% maior de morrer com ele. “Temos muito que estudar para entender as causas dessas discrepâncias, mas certamente as diferenças nos tipos e no momento dos tratamentos recomendados desempenham um papel”, explica Lynne Penberthy, que também trabalhou no relatório.
Os experts chamaram a atenção para dois fatores ligados à doença: tabagismo e excesso de peso. As taxas de sobrevivência de câncer relacionadas ao cigarro continuam baixas. Já a obesidade preocupa por financiar alguns tipos da enfermidade — e por atingir 30% da população mundial.