Alguns fármacos nascem para uma finalidade, mas assumem outros propósitos com o tempo — e os estudos. Foi o que aconteceu com um anticorpo monoclonal, já aprovado para pacientes com asma e dermatite atópica, que poderá ampliar o arsenal diante da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
A condição é caracterizada pela inflamação das vias aéreas, dificultando a respiração de forma progressiva. A droga investigada, que pode se tornar a primeira terapia contra a enfermidade em mais de uma década, é o dupilumabe.
“Em ensaio com pacientes com quadros moderados a graves de DPOC, observou-se melhora da função pulmonar e redução de 34% das crises”, resume o pneumologista Adalberto Rubin, da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Uma nova leva de estudos sobre a eficácia da medicação será conduzida antes de se conceder o aval à aplicação.
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Por dentro do estudo
Perfil analisado
Mais de 1,8 mil pessoas com histórico de fumo e DPOC moderada a grave participaram.
Alvo específico
Todos tinham o tipo 2 de inflamação, mantido por células imunes chamadas eosinófilos.
Eventos adversos
Dor de cabeça e reveses no nariz e na laringe foram os mais comuns no acompanhamento.
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Sem fôlego
DPOC afeta cerca de 6 milhões de brasileiros
Sintomas
Incluem respiração rápida, ofegante e com chiados; tosse; falta de ar; e presença de catarro.
Diagnóstico
Avaliação clínica, auscultação cardíaca e pulmonar e exames de imagem são solicitados.
Tratamento
Controle pode exigir desde medicamentos até oxigenoterapia e transplante de pulmão, a depender do estágio e gravidade de cada caso.
Causas
Tabagismo, asma e bronquite crônica são os principais fatores de risco da doença. Estima-se que cerca de 15% dos fumantes desenvolvam esta doença crônica, também associada ao envelhecimento.
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