Plataforma reúne dados para monitorar melhor indivíduos internados
Aparelhos que acompanham sinais vitais de diferentes marcas podem ser conectados a uma única ferramenta, capaz de detectar antes piora de quadro

Uma pessoa acamada em um hospital e conectada a vários equipamentos exige monitoramento contínuo. As equipes médicas e de enfermagem precisam estar sempre de olho nos sinais vitais de cada aparelho para reportar a evolução do paciente e intervir rapidamente caso algo vá mal.
É um trabalho que costuma ser feito manualmente. E, caso alguma anotação esteja errada, o tratamento pode ser prejudicado, o que muitas vezes pode custar a vida.
Para agilizar o processo e torná-lo mais seguro, a empresa Philips desenvolveu uma plataforma que reúne dados de vários equipamentos médicos, de marcas diferentes, e produz relatórios automaticamente.
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É a MDI (sigla em inglês para Integração de Dispositivo Médico, em tradução livre). A tecnologia, que já está disponível em mais de 25 países, chegou ao Brasil em outubro.
“É uma ferramenta que pode conectar qualquer aparelho, seja de monitoramento cardíaco, respiratório ou renal, por exemplo, e agilizar o atendimento em instituições de todos os portes”, explica Elad Benjamin, vice-presidente e líder global de Negócios em Serviços de Dados Clínicos da Philips.
Segundo o porta-voz, a plataforma pode ser adquirida por qualquer unidade de saúde. Os dados captados são disponibilizados às equipes envolvidas no tratamento do paciente: médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde, como fisioterapeutas.
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Os relatórios gerados mostram informações como pressão arterial, pulso e oxigenação do sangue, além de outros parâmetros de órgãos vitais, alertando qualquer sinal de falência ou de possível sepse. O propósito é identificar precocemente a piora dos casos.
A solução se destaca por conseguir agregar informações de aparelhos com funções e fabricados por diferentes empresas.
“Cada dispositivo tem seu protocolo, então não é fácil criar um mecanismo que conecta milhares de equipamentos usados pelo mundo”, pontua o especialista em negócios em saúde.
O lançamento do MDI no Brasil é pioneiro na América Latina. A tecnologia devem chegar a outros países da região, como o México, no início de 2025.