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Óleo de prímula: produto popular para TPM não tem eficácia comprovada

Os potenciais benefícios estão ligadas aos ácidos linoleico, gama-linolênico, palmítico, oleico e ômega 6. Mas as provas das vantagens ainda são modestas

Por Gabriel Bueno
5 nov 2024, 17h30
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Consulte sempre um profissional de saúde antes de usar (Freepik/Freepik)
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Extraído das sementes da planta Oenothera biennis — também conhecida como prímula-da-noite —, o óleo de prímula se tornou popular em tratamentos complementares para questões inflamatórias e hormonais. É um aliado comum, por exemplo, para aliviar os sintomas da tensão pré-menstrual (TPM) e da menopausa, além de ser empregado no tratamento de doenças como artrite reumatoide e eczema atópico.

A substância pode ser encontrada em cápsulas ou em sua forma líquida, em lojas de produtos naturais. Entre seus principais componentes estão os ácidos linoleico, gama-linolênico, palmítico, oleico e o ômega 6, que o corpo humano não consegue produzir por conta própria.

As funções importantes que essas substâncias exercem no organismo são responsáveis por despertar o interesse nos potenciais benefícios do óleo: eles atuam na produção de energia, no transporte de gordura, na regeneração celular, além de auxiliar o sistema imunológico e o funcionamento das enzimas.

Mas, apesar de muitos relatos favoráveis ao uso do óleo de prímula, as evidências científicas ainda são consideradas limitadas e insuficientes.

Potenciais benefícios ao organismo

Quando utilizado durante a TPM — período em que muitas mulheres experimentam sintomas como inchaço abdominal, dores nas mamas, retenção de líquidos e irritabilidade — o ácido gama-linolênico pode atuar na regulação das prostaglandinas, moléculas que podem influenciar inflamações e dores associadas ao ciclo menstrual.

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Já na menopausa, o consumo do óleo busca reduzir os sintomas das ondas de calor, estabilizar alterações de humor e sensações de ansiedade.

No caso da artrite reumatoide e eczema atópico, o óleo é utilizado como suplemento auxiliar com o objetivo de amenizar sintomas articulares e cutâneos. A aplicação tópica da substância também é explorada no tratamento de acne e para a hidratação da pele.

Antes de usar, procure um especialista!

É importante ressaltar que embora o óleo de prímula seja popularmente associado a esses benefícios, a falta de evidências robustas faz com que seu uso exija cuidado. O recomendado é sempre ouvir um médico para avaliar seu caso individual e possíveis contraindicações, que existem (confira abaixo).

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O acompanhamento médico é necessário para evitar automedicação e possíveis efeitos adversos. Lembre-se: cada organismo reage de maneira diferente a um mesmo medicamento, alimento ou suplemento. Mesmo que alguém que você conheça relate uma experiência positiva com o óleo, esse pode não ser o seu caso.

Contraindicações do óleo de prímula

Apesar de considerado seguro para a maioria dos adultos, o óleo pode apresentar efeitos colaterais. Náuseas, desconforto abdominal, indigestão, dores de cabeça e alterações nas fezes são possíveis em alguns casos. Em doses mais altas, o óleo pode causar cólicas intestinais e, ao ser aplicado na pele, algumas pessoas relatam respostas alérgicas.

A substância também é contraindicada para pacientes que fazem uso de medicamentos anticoagulantes, anticonvulsivantes e neurolépticos, pois o seu consumo pode agravar as condições de saúde. Da mesma maneira, recomenda-se cautela às gestantes, pois não há comprovações científicas sobre a segurança do óleo durante a gravidez.

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