O vírus Mayaro é transmitido por diferentes mosquitos – principalmente o Haemogogus – e causa principalmente febre e dores nas articulações, que podem persistir por meses. Ele já é considerado endêmico na região Amazônica, mas há indícios de que pode ter se espalhado para outros locais, como o estado do Rio de Janeiro. Não há vacina que previna contra a chamada febre do Mayaro. Por outro lado, é possível evitar a infecção e, se for o caso, controlar seus sintomas.
Sintomas da febre do Mayaro
- Febre
- Dores musculares
- Dores e inchaço nas articulações, que podem persistir por meses
- Manchas vermelhas pelo corpo
- Náuseas
Há relatos de complicações graves, que envolvem problemas neurológicos, hemorragia e até morte. Contudo, esses casos são raríssimos. Na maioria das vezes, os sintomas desaparecem com o tempo.
A transmissão
O ciclo é muito parecido com o da febre amarela. Ou seja, um mosquito com o vírus Mayaro infecta um ser humano ou um macaco. Esses hospedeiros, então, contribuem para a disseminação da doença, uma vez que outro inseto pode picá-los, receber o vírus e passá-lo pra frente.
Atualmente, o Mayaro circula mais em regiões de mata ou próximas a elas no Brasil. Seu vetor mais conhecido é o mosquito Haemagogus, que também espalha a febre amarela. Esse é um inseto eminentemente restrito a ambientes com muitas árvores.
No entanto, estudos indicam que o Aedes aegypti e mesmo o famoso pernilongo têm potencial para transmitir o vírus Mayaro. Essa é uma preocupação, porque, se isso começar a acontecer, o número de casos no Brasil pode se multiplicar.
Nesse sentido, uma pesquisa da Universidade Federal do Rio de Janeiro sugere que esse agente infeccioso já está no estado desde 2015 – possivelmente por uma adaptação do Haemagogus. O Ministério da Saúde, por sua vez, afirma que não há episódios urbanos confirmados de febre do Mayaro.
O diagnóstico e o tratamento
Como seus sintomas se parecem com os da febre amarela, da dengue e, principalmente, do chikungunya, é comum haver uma confusão entre eles. Só exames laboratoriais são capazes de realmente distinguir entre as infecções.
Mas, para efeito do tratamento, muitas vezes isso não é necessário. Até porque as doenças mencionadas não possuem tratamento específico. Em outras palavras, os médicos controlam os sintomas, avaliam a evolução do quadro e esperam o próprio organismo reagir à presença do vírus Mayaro.
Ao apresentar sinais suspeitos, é importante buscar atendimento profissional.
A prevenção
Não existe uma vacina. Para fugir o problema, você deve evitar a picada de mosquitos infectados. Como?
Evite frequentar áreas de mata sem proteção, principalmente na primavera e no verão, quando o vetor é mais ativo. Repelentes e roupas compridas ajudam bastante.
Além disso, sempre cabe eliminar locais de água parada para impedir a proliferação do Aedes aegypti. Quando menor a concentração dele, menor a probabilidade de o vírus Mayaro ganhar espaço nas cidades.
Fontes: Instituto Oswaldo Cruz e Ministério da Saúde.