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O que aumenta o risco de câncer após a menopausa

Mulheres que acumulam uma quantidade maior de gordura abdominal nessa fase da vida estariam mais propensas a tumores pulmonares e gastrointestinais

Por Vand Vieira
Atualizado em 14 fev 2020, 18h23 - Publicado em 20 set 2017, 15h31
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Reduzir a gordura abdominal seria crucial para afastar o câncer depois da menopausa (Foto: Gustavo Arrais/SAÚDE é Vital)
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O elo entre obesidade e câncer já é um velho conhecido dos médicos. Mas, atualmente, o que chama a atenção é o perigo oferecido pela gordura localizada especificamente na barriga. Recentemente, até contamos sobre uma pesquisa que explicou melhor essa relação. Agora, um estudo dinamarquês apresentado no ESMO 2017 Congress esquentou a discussão ao sugerir que a circunferência da cintura realmente pode ser mais importante do que o peso total e o índice de massa corporal (IMC) quando se pensa em prevenção de tumores. Promovido pela Sociedade Europeia de Medicina Oncológica, o evento aconteceu em Madrid, na Espanha, e reuniu especialistas de diversas partes do mundo.

Quase 6 mil mulheres com idade média de 71 anos foram acompanhadas por mais de uma década, sendo que ocorreram 811 diagnósticos de câncer. E, por meio de um exame chamado densitometria por emissão de raios-X, os cientistas avaliaram quanta gordura as voluntárias possuíam, bem como sua distribuição. Eles notaram, então, que a maior parte das pacientes com câncer tinha uma barriga saliente. Curiosamente, não foi significativa a relação entre a doença e um IMC maior do que o recomendado ou um excesso de peso melhor distribuído pelo corpo.

Os dois tipos de tumores que chamaram a atenção dos experts nesse sentido foram os localizados nos pulmões e no sistema digestório. Idade, terapias de reposição hormonal, tabagismo e outros fatores de risco não passaram batido pelos autores do trabalho. Para eles, o achado serve de alerta para mulheres na pós-menopausa continuarem praticando atividade física e redobrarem os cuidados com a alimentação.

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