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Melatonina produzida no pulmão pode impedir infecção pelo coronavírus

Conhecida como hormônio do sono, a melatonina tem atividades no corpo todo. E poderia ser aplicada contra a Covid-19, embora faltem mais estudos para isso

Por Elton Alisson, da Agência Fapesp*
Atualizado em 15 mar 2023, 10h55 - Publicado em 12 jan 2021, 13h28
Desenho de pulmão, onde melatonina agiria contra coronavírus
A melatonina, muito associada ao sono, é um hormônio com atividades nos pulmões também. (Ilustração: Pedro Hamdan/SAÚDE é Vital)
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A melatonina produzida no pulmão atua como uma barreira contra o coronavírus. A descoberta, realizada por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) ajuda a entender por que há pessoas que não são infectadas ou que estão com o Sars-CoV-2, detectado por teste do tipo RT-PCR, e não apresentam sintomas de Covid-19. Além disso, abre a perspectiva de uso da melatonina administrada por via nasal – em gotas ou aerossol – para impedir a evolução da doença em pacientes pré-sintomáticos.

Para comprovar a eficácia terapêutica do hormônio contra o novo coronavírus, porém, será necessária a realização de uma série de estudos pré-clínicos e clínicos, sublinham os autores do estudo. Os resultados do trabalho, apoiado pela Fapesp, foram descritos em artigo publicado na revista Melatonin Research.

“Constatamos que a melatonina produzida pelo pulmão atua como uma ‘muralha’ contra o Sars-CoV-2, impedindo que o patógeno entre no epitélio, que o sistema imunológico seja ativado e que sejam produzidos anticorpos”, diz, à Agência Fapesp, Regina Pekelmann Markus, professora do Instituto de Biociências (IB) da USP e coordenadora do projeto. “Essa ação da melatonina do pulmão também deve ocorrer com outros vírus respiratórios, como o da influenza”, estima.

Os trabalhos da pesquisadora com melatonina foram iniciados nos anos 1990. Por meio de estudo com roedores, Regina demonstrou que o hormônio produzido à noite pela glândula pineal, no cérebro, com a função de informar o organismo que está escuro e prepará-lo para o repouso noturno, poderia ser produzido em outros órgãos, como no pulmão.

Análise de expressão gênica

Para testar essa hipótese, os pesquisadores analisaram um total de 455 genes associados na literatura à Covid-19. Desse total, foram selecionados 212 genes envolvidos na entrada do novo coronavírus em células humanas e em outros processos típicos da doença.

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A partir de dados de bancos de sequenciamento de RNA, foi possível quantificar a atividade dos 212 genes que compuseram a chamada “assinatura Covid-19” em 288 amostras de pulmão saudáveis.

Ao correlacionar a expressão desses genes com a capacidade do pulmão de sintetizar melatonina (baseada na análise do órgão de roedores saudáveis), os pesquisadores constataram a produção normal desse hormônio pode ser relevante para lidar com a invasão do vírus.

Como a melatonina produzida pelo pulmão inibe a entrada do vírus nas células, sua aplicação diretamente no pulmão, em gotas ou aerossol, permitiria bloqueá-lo. Mas isso ainda demandará uma série de estudos, ponderam os pesquisadores.

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*A versão completa da reportagem está na Agência Fapesp.

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