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Japão começa testes com remédio que faz dentes “nascerem de novo”

Ideia do fármaco é criar uma "terceira dentição" em pessoas que nasceram sem ou perderam dentes ao longo da vida

Por Maurício Brum
17 dez 2024, 14h54
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Droga bloqueia proteína que inibe o crescimento dentário (Freepik/Freepik)
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Pesquisadores japoneses avançaram para a fase de estudos clínicos em humanos no desenvolvimento de um medicamento que, prometem, pode revolucionar o tratamento da perda ou ausência de dentes: a droga seria capaz de promover o crescimento de novos dentes em adultos.

Os estudos estão sendo conduzidos no Hospital da Universidade de Kyoto, com voluntários que têm pelo menos um dente ausente. A ideia é avaliar o fármaco em relação à segurança de sua aplicação, sua eficácia e compreender melhor como direcionar o crescimento para a área da gengiva onde há espaço, sem afetar os outros dentes.

+Leia também: Dentes de leite: a importância da transição natural para os permanentes

Como funciona o medicamento

O fármaco busca bloquear a ação de uma proteína chamada USAG-1. Sabe-se que ela é responsável por inibir o crescimento dos dentes. Ao impedir que ela faça seu papel, haveria um potencial para liberar o nascimento de um “terceiro conjunto de dentes” que, segundo os pesquisadores, existe de forma latente no corpo humano e não emerge em situações normais.

Os testes avançaram para seres humanos após resultados promissores em camundongos e furões. Em um primeiro momento, a prioridade é oferecer alternativas para pessoas com muito espaço “sobrando” nas gengivas: pacientes com uma ausência congênita de dentes, que leva à falta de seis ou mais deles na boca. Estima-se que essa condição afete 0,1% da população.

Próximos passos

Além de avaliar a segurança e eficácia do medicamento em seres humanos, os pesquisadores também vão observar quão funcionais serão esses dentes, bem como suas características estéticas e morfológicas.

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Apesar de começar em pessoas com ausência dentária congênita, o objetivo de longo prazo é que a droga – caso funcione – seja empregada também para outros problemas que levam a perdas ocasionais de dentes, como quadros de periodontite, cárie e até traumas.

Em uma linha do tempo otimista em que os testes sejam bem-sucedidos, o medicamento poderia estar disponível comercialmente até 2030. Nesse caso, ele se tornaria uma alternativa para promover uma nova dentição natural, como uma alternativa a implantes e próteses.

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