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Impressão 3D na medicina: da reconstrução de partes do corpo aos curativos

Há tempos, essa tecnologia traz impactos positivos no tratamento de diversas condições. E vem muito mais por aí

Por Goretti Tenorio
29 nov 2023, 15h19

A tecnologia tridimensional vem se aprimorando nas últimas décadas e chamando atenção pelos múltiplos usos na saúde. Uma das aplicações mais celebradas é a criação de modelos anatômicos para treinamento médico, auxiliando a visualização detalhada das estruturas de órgãos.

As representações impressas, em tamanhos e texturas similares a de partes do organismo, são também usadas para planejamento e simulação de cirurgias complexas.

Os modelos costumam ser impressos a partir de imagens de tomografias, e o detalhamento do órgão e região no entorno permite que os profissionais envolvidos testem e discutam cada passo da intervenção, antecipando situações específicas e, com isso, evitando surpresas que poderiam comprometer o desfecho da intervenção.

+ Leia também: Impressão 3D de ossos já é realidade

Reconstruindo partes do corpo

A impressão 3D contribui com destaque em áreas como a ortopedia, com a possibilidade de criar desde talas que substituem as de gesso até próteses customizadas. Na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), desde 2015 o programa de extensão batizado de Mao3D desenvolve e doa próteses personalizadas para crianças com deficiências em membros superiores.

A iniciativa é especialmente importante para esse público uma vez que os modelos convencionais certificados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) costumam ter tamanhos padrão, o que dificulta ajustes e compromete a qualidade de vida dos pequenos pacientes.

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Os avanços nessa seara também já fazem diferença na reconstrução facial de pessoas que ficaram com sequelas de tratamentos de câncer no rosto. Um exemplo vem do Hospital do Amor, referência em oncologia instalado em Barretos, interior de São Paulo.

Em parceria com o Instituto Mais Identidade, a instituição confecciona peças para recompor regiões afetadas por cirurgias de retiradas de tumores, como áreas de nariz, olhos ou orelhas.

O processo é composto pelo escaneamento facial e, na sequência, a impressão 3D de protótipos que formam a base para a confecção do produto de silicone que será usado pelo paciente, permitindo que ele possa recuperar a feição e se reintegrar à sociedade.

+ Leia tambémA evolução e os desafios da cirurgia plástica reparadora

Bioimpressão: de curativos a órgãos inteiros

O uso de células vivas para recriar tecidos humanos é o novo marco da impressão tridimensional na medicina.

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Recentemente uma equipe da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP) utilizou células-tronco coletadas de cordão umbilical para desenvolver e testar um biocurativo em camundongos.

O estudo, publicado no periódico Regenerative Therapy, mostrou que o produto foi capaz de acelerar a cicatrização de lesões características de diabetes.

Pesquisas como essa aumentam a perspectiva de um futuro em que a combinação de células vivas e impressão 3D seja um recurso para a produção de estruturas como coração, fígado, rim e pele. E que, juntas, elas revolucionem o sistema de transplantes, atenuando o problema de escassez de órgãos e reduzindo os riscos de rejeição.

A busca por iniciativas inovadoras em diferentes campos da saúde é a base do Prêmio Veja Saúde & Oncoclínicas de Inovação Médica. Os vencedores da edição 2023 serão anunciados em cerimônia no dia 11 de dezembro, em São Paulo. Saiba mais sobre a premiação e acompanhe as novidades das próximas edições no site.

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