Clique e Assine VEJA SAÚDE por R$ 9,90/mês
Continua após publicidade

Idoso morre após quimioterapia: quando isso pode acontecer?

Família alega que paciente recebeu dose de medicamentos muito acima do indicado. Toxicidade dos fármacos é um dos riscos do tratamento

Por Maurício Brum
26 ago 2024, 16h10
  • Seguir materia Seguindo materia
  • quimioterapia-tratamento
    Superdosagem teria levado a morte de paciente em Belo Horizonte (Freepik/Freepik)

    A morte de Nilton Carlos Araújo, de 69 anos, após uma sessão de quimioterapia, virou assunto de polícia após a família registrar um boletim de ocorrência em função de um suposto erro na administração dos remédios. O caso também levantou dúvidas sobre os eventuais riscos envolvendo o tratamento.

    Nilton estava tratando um câncer na medula óssea no hospital da MedSênior, em Belo Horizonte. A entidade disse que realiza uma “investigação detalhada” sobre o caso.

    +Leia também: 7 mitos sobre a quimioterapia e o câncer

    O que aconteceu?

    A família alega que Nilton teria recebido, de uma só vez, uma dose de medicamentos quatro vezes superior à recomendada.

    Conforme o boletim de ocorrência registrado pelos familiares, após a superdosagem do fármaco Bortezomibe o idoso imediatamente passou a apresentar uma piora dos sintomas, entrando em coma induzido e evoluindo a óbito dois dias mais tarde.

    Nilton estava tratando um câncer de medula óssea desde março. A filha diz ter percebido no momento da aplicação do remédio que a dose era acima das sessões anteriores, mas, sem conhecimento médico, imaginou que poderia ter havido alguma mudança no tratamento indicado.

    Continua após a publicidade

    A família agora pede investigação por alegada negligência do hospital diante do que acredita ser um erro fatal no tratamento.

    Em que situações a quimioterapia pode levar à morte?

    É importante deixar claro que a quimioterapia, embora seja um tratamento conhecido por debilitar muitos pacientes, é uma abordagem considerada segura e necessária para vários tipos de câncer.

    “Quimioterapia” é um termo amplo para tratamentos que envolvem diferentes remédios em dosagens que variam conforme o caso, então os fármacos usados em um paciente nem sempre serão os mesmos administrados a outro.

    A toxicidade desses medicamentos é um dos principais pontos de atenção, por isso é necessária avaliação criteriosa do oncologista e de toda a equipe médica antes do começo do tratamento. A indicação deve ser individualizada, considerando critérios como idade, saúde geral do paciente, tipo e estágio do câncer, entre outros fatores.

    Um erro nessa dosagem ou no tipo de remédio, como a família de Nilton alega ter ocorrido, é um dos principais riscos.

    Continua após a publicidade

    Em situações normais, a quimioterapia em si não causa morte, mas seus efeitos colaterais podem aumentar os riscos para pacientes submetidos ao tratamento – a preocupação mais recorrente é uma baixa contagem de glóbulos brancos, que torna a pessoa mais suscetível ao agravamento de infecções que não seriam tão ameaçadoras em um paciente saudável.

    Além disso, é possível que a quimioterapia não tenha o sucesso desejado em combater o câncer e o paciente acabe morrendo. Neste caso, porém, considera-se que o óbito foi causado pela doença, não pelo tratamento.

    Compartilhe essa matéria via:
    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 9,90/mês*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 14,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.