Com a função de transportar gases para todos os tecidos do corpo, a hemoglobina é uma proteína que faz parte dos glóbulos vermelhos (hemácias). Sua função principal é levar oxigênio para o restante do corpo e, no caminho inverso, ajudar a eliminar o gás carbônico.
O exame de hemoglobina é feito através da retirada de uma amostra de sangue que será analisada em laboratório.
Para uma medição geral, o resultado sai no hemograma simples. Mas, caso você necessite verificar a quantidade de cada subtipo de hemoglobina (HbA1, HbA2, HbF, Hb Gower I, Gower II e de Portland), deverá ser feito o exame chamado de eletroforese de hemoglobina.
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Por que é importante monitorar o nível de hemoglobina?
A distribuição homogênea de oxigênio no organismo é necessária para o funcionamento adequado do nosso corpo. Dessa forma, monitorar os níveis de hemoglobina no sangue é uma forma eficaz de monitorar o estado de saúde geral.
Os valores de referência da hemoglobina de acordo com cada perfil são:
- Crianças de 2 a 6 anos: 11,5 a 13,5 g/dL;
- Crianças de 6 a 12 anos: 11,5 a 15,5 g/dL;
- Homens: 14 a 18 g/dL;
- Mulheres: 12 a 16 g/dL;
- Grávidas: 11 g/dL.
O que pode ocorrer quando a hemoglobina fica baixa?
A lista de quadros que podem causar a redução da quantidade de hemoglobina no sangue é extensa. As condições incluem anemia, cirrose, linfoma, leucemia, hipotireoidismo, insuficiência renal, hemólise, talassemia, porfiria e hemorragia.
Além disso, a baixa taxa de hemoglobina também pode ocorrer pela deficiência de ferro e outras vitaminas, assim como o uso de medicamentos mais fortes, como em tratamentos contra o câncer.
É comum que nos casos onde existe redução da taxa de hemoglobina no sangue ocorram alguns sintomas, como cansaço frequente, falta de ar e palidez.
E o que pode ocorrer quando a hemoglobina fica alta?
A maior parte dos casos onde há um aumento exagerado da taxa de hemoglobina no sangue costumam ser desidratação (menos líquido resulta em maior concentração) e policitemia, que consiste no excesso de produção de glóbulos vermelhos, normalmente causado por um defeito na medula óssea ou hábitos agressivos ao organismo, como tabagismo.
No entanto, existem outros fatores que influenciam na produção, entre elas estão quadros de enfisema ou fibrose pulmonar, tumor no rins e até mesmo o uso de anabolizantes específicos, como eritropoietina.
Estando abaixo ou acima do normal, a causa deve ser identificada através de exames médicos complementares para iniciar o tratamento adequado.