O estudo a seguir não chama a atenção só pela proximidade com o Dia Internacional da Mulher ou por atrelar a obesidade ao infarto – algo já conhecido. O que os pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, fizeram foi determinar se o local onde a gordura é acumulada no corpo faz mesmo diferença do ponto de vista cardiovascular. E, acima disso, qual o impacto da ameaça no sexo feminino e no masculino.
Então vamos por partes. Ao avaliar dados sobre a forma física e a saúde do coração de um grupo de 500 mil voluntários de 40 a 69 anos, os cientistas observaram que o aumento no peso, por si só, foi associado a uma probabilidade maior de infartar. Até aí, nada de novo.
No entanto, esse risco subia quando o excesso de gordura ia parar na barriga. Estamos falando daquelas pessoas que, ao ganhar muito peso, ficam com o corpo em formato de maçã.
Para ter ideia, a chance de infarto era de 10% a 20% maior entre mulheres com excessos gordurosos no abdômen. Isso em comparação a outras que apenas estavam acima do peso.
Além disso, o sexo feminino parece sofrer mais do que masculino com os efeitos deletérios de uma barriga avantajada. Mulheres que acumularam quilos de sobra nessa parte do corpo apresentaram uma probabilidade 35% maior de ter uma pane no coração, enquanto que, nos homens, o risco foi de 28%.
Tanto no Dia Internacional da Mulher como em qualquer outro, enfrentar a obesidade – sem gordofobia, é claro – é importante para baixar os altíssimos índices de doenças cardiovasculares.