Não há dúvidas sobre a importância da vacinação contra a febre amarela. Mas, segundo informações da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (Sboc), graças à repercussão dos novos casos dessa doença, muitos pacientes com câncer se preocuparam e foram aos consultórios médicos pedir orientação.
Ainda bem! Ora, uma vez que o sistema imunológico fica fragilizado em decorrência de certos tratamentos antitumorais, cresce a possibilidade de reações graves à matéria-prima da vacina. Para quem não sabe, ela é composta de uma versão atenuada do vírus em questão, utilizada justamente a fim de estimular o organismo a desenvolver os anticorpos necessários para combatê-lo.
“A principal orientação é que os prós e contras sejam discutidos de maneira individualizada com um oncologista”, destacou, em comunicado à imprensa, Rodrigo Munhoz, diretor da Sboc. Abaixo, três fatores que inviabilizam a injeção entre os pacientes com câncer:
1. Uso de quimioterapia venosa ou oral, terapia-alvo ou imunoterapia. O ideal é esperar de três a seis meses após o término do tratamento antes de se vacinar, variando de acordo com o medicamento.
2. Para o uso de corticoides, recomenda-se esperar pelo menos um mês.
3. Transplante de medula óssea realizado há menos de dois anos ou situações em que o paciente apresenta sinais de complicação ou toma medicamentos imunossupressores.
Pacientes que passaram recentemente por uma cirurgia de extração do câncer estariam liberados, desde que apresentem condições físicas plenas. Mas bata um papo rápido com o médico antes de ir para o posto de saúde buscar a vacina. A radioterapia também exige atenção do doutor.
Redobre os cuidados se você tem…
– 60 anos ou mais
– Outro problema de saúde
– Algum tipo de alergia (principalmente a ovos e gelatina)
– Histórico de reações negativas a vacinas