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Exame usa cápsula para tirar fotos do intestino

Ela promete substituir a colonoscopia e facilitar a detecção de doenças que afetam o trecho final do sistema digestivo

Por André Biernath
Atualizado em 8 jan 2020, 14h50 - Publicado em 30 dez 2019, 10h35
exame colonoscopia
Nova tecnologia para examinar intestino é menos invasiva. (Foto: Zero Creatives/Getty Images / Ilustração: Rodrigo Damati/SAÚDE é Vital)
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Aprovada no Brasil há quase quatro anos, a cápsula de cólon finalmente começa a se popularizar e ser disponibilizada por laboratórios e centros de diagnóstico. Ela serve como uma alternativa à colonoscopia tradicional, em que uma câmera com fio é introduzida pelo ânus e guiada pelo intestino grosso.

“A nova tecnologia é menos invasiva e não necessita de sedação”, conta o médico Admar Borges, da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva.

O processo é simples: o paciente que precisa fazer o exame engole o dispositivo, que tem o tamanho de um comprimido grande. Após passar por esôfago, estômago e intestino delgado, ele chega ao seu destino e tira mais de 70 mil fotografias.

As imagens, enviadas automaticamente e analisadas por um especialista, ajudam a detectar doenças como câncer e retocolite. E sim: a cápsula sai junto com o cocô.

Como o novo exame funciona e quem pode se beneficiar dele

Tamanho: a cápsula se parece com uma drágea comum. Ela cabe na palma da mão e é deglutida facilmente.

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Preparação: antes de engolir, o paciente toma alguns remédios que limpam o intestino e ajudam na visualização.

Para quem: pode ser uma boa quando a colonoscopia tradicional é contra-indicada por algum motivo.

A saída: depois de tirar milhares de fotos, a peça é expelida do corpo normalmente junto com o cocô.

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Ultrassom do futuro

Mesmo com a evolução impressionante da medicina, alguns órgãos e áreas do corpo são bem difíceis de visualizar com os aparelhos disponíveis hoje em dia. É o caso do sistema digestivo, em que os médicos recorrem a exames mais invasivos, como a endoscopia ou a colonoscopia. Outro exemplo é o cérebro: ainda não foram encontradas maneiras de diagnosticar Parkinson ou Alzheimer em seus estágios iniciais.

Mas essas tarefas podem se tornar mais tranquilas graças a estudos da Universidade Carnegie Mellon, nos Estados Unidos. Os cientistas desenvolveram uma técnica capaz de capturar imagens nítidas e precisas com um simples ultrassom.

“Nós aplicamos conceitos de física e o comportamento de ondas ultrassônicas. Com isso, obtivemos ótimos resultados em tecidos artificiais”, descreve o engenheiro elétrico Maysam Chamanzar, um dos responsáveis pela inovação, que deve ser testada em humanos em breve.

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