A influencer Isabel Veloso, que viralizou nas últimas semanas ao divulgar que havia conseguido engravidar mesmo com um suposto câncer terminal, acabou voltando atrás quanto ao diagnóstico.
Nesta semana, após a médica de Isabel revelar que seu quadro era estável, a influencer disse que não estava mais em terminalidade, e sim sob cuidados paliativos.
O caso voltou a lançar luz sobre uma confusão que costuma ocorrer na linguagem popular e cria um estigma em torno desse tipo de atenção médica: embora muitas vezes associados ao final da vida, cuidados paliativos não são sinônimo de morte iminente. Entenda mais sobre esses termos.
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O que é um câncer terminal?
Um câncer entra em estágio terminal quando começa a afetar o funcionamento do corpo gradativamente até levá-lo à morte. É como se a pessoa entrasse em contagem regressiva: os médicos dão um prognóstico de quantos meses ainda há pela frente, sem expectativa de reverter o quadro.
O caso de Isabel Veloso, segundo sua médica, não chegou a esse estágio. Embora o câncer não responda mais aos tratamentos, ela estaria com o quadro estagnado, sem que o tumor tenha crescido ou agravado outros sistemas do corpo. Com isso, a influencer entrou na chamada fase de cuidados paliativos, focando no alívio dos sintomas.
O que caracteriza os cuidados paliativos?
Os cuidados paliativos buscam reduzir o sofrimento de um paciente, evitando intervenções médicas desnecessárias que até podem prolongar a sobrevida, mas ao custo de piorar a qualidade de vida da pessoa doente, sem criar uma perspectiva de cura.
Essas técnicas são empregadas para dar mais conforto no final da vida, em doenças graves e incuráveis com risco de morte, mas essa não é necessariamente a única aplicação. Cuidados paliativos também são indicados para doenças crônicas e, idealmente, poderiam ser utilizados em qualquer fase de um câncer de difícil tratamento.
A ideia dos cuidados paliativos é aliviar os sintomas. Em grande parte dos casos, o maior problema é a dor causada pela doença ou pelos tratamentos, mas a abordagem é multidisciplinar.
Além dos médicos paliativistas, também é indicado acompanhamento com fisioterapeutas quando há problemas de movimentação, fonoaudiólogos quando a doença afeta a capacidade de comunicação, e psicólogos para lidar com os impactos do quadro na saúde mental.