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Endolaser para saúde e estética: saiba se técnica realmente funciona

Procedimento ajuda a tratar varizes de forma minimamente invasiva e agora ganha espaço como alternativa para reduzir gordura facial

Por Gabriel Bueno
31 out 2024, 15h20
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Endolaser serve como tratamento minimamente invasivo para casos de varizes (Freepik/Freepik)
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Nas últimas décadas, os lasers ganharam espaço e popularidade como tratamentos médicos e estéticos. Minimamente invasivas, as técnicas prometem recuperação rápida e resultados eficazes. É nesta seara que surgiu o endolaser: a tecnologia serve como alternativa para tratamento de varizes e, agora, começa a mostrar potencial para fins estéticos.

Em meio a tantos novidades, é normal se sentir inseguro ao ouvir o médico sugerir um tipo diferente de procedimento. O primeiro passo é saber mais sobre a técnica: confira a seguir as principais aplicações do endolaser e saiba quais resultados ele têm demonstrado em estudos.

O que é o endolaser?

É um procedimento que aplica o laser dentro do organismo, por meio de uma fibra óptica finíssima inserida na pele. A aplicação é feita com anestesia local, e o laser aquece os tecidos ao redor.

Alternativa para tratar varizes

Quando o assunto são as varizes, o tratamento com endolaser é conhecido por ablação endovenosa a laser (também chamado pela sigla, EVLA). A Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) estima que cerca de 38% dos brasileiros tenham varizes – e a prevalência aumenta com o avançar da idade.

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O tratamento convencional para as varizes consiste em uma cirurgia, chamada de safenectomia. O stripping de veias é o método mais comum: uma incisão é feita na virilha e no tornozelo e o cirurgião remove a veia safena afetada pelas varizes. O procedimento é recomendado para casos que não respondem a tratamentos mais conservadores, como alterações no estilo de vida.

Desde a década de 1990, técnicas menos invasivas vêm sendo desenvolvidas pela ciência, como a safenectomia por endoscopia e o endolaser.

Um estudo publicado no British Journal of Surgery, em dezembro de 2018, comparou o endolaser com a cirurgia convencional para o tratamento de insuficiência da veia safena. A pesquisa avaliou a eficácia das técnicas e a satisfação de 218 pacientes, após dois e cinco anos da realização dos procedimentos. A análise revelou que a taxa de recorrência de varizes foi menor no grupo tratado com endolaser do que entre aqueles submetidos à cirurgia tradicional. 

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Com base em exames de ultrassom, foi constatado que a EVLA obteve sucesso em 93% dos casos, enquanto a cirurgia convencional apresentou uma taxa de 85%. Os índices se mantiveram cinco anos depois dos procedimentos. Ambos os grupos avaliados apresentaram melhorias em qualidade de vida e redução da gravidade das varizes, mas o endolaser foi mais efetivo ao prevenir a recorrência.

+Leia também: Varizes em jovens são mais comuns do que se pensa

A técnica na estética facial

Na áreas da estética, o endolaser também é conhecido como endolifting, uma técnica que utiliza o calor do laser de forma minimamente invasiva para atuar diretamente nos tecidos subcutâneos. O método tem atraído a atenção daqueles que buscam melhorar o contorno facial sem recorrer a cirurgias complexas.

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O procedimento consiste em emitir um feixe de laser diretamente no tecido subcutâneo, a partir da inserção de fibra ótica. Os achados clínicos afirmam que a técnica reduz gordura e tonifica a pele, intensificando a produção de colágeno.

Por ora, as pesquisas ainda são poucas e envolvem grupos pequenos de participantes. Um estudo piloto brasileiro, publicado no International Journal of Medical Science and Clinical Invention em junho de 2023, relatou a aplicação do endolaser na região do pescoço, com redução de até 10% na espessura de gordura submentoniana e melhora na densidade dérmica.

Esses resultados indicam que a técnica pode beneficiar pacientes que buscam melhorar o contorno facial de forma minimamente invasiva, apresentando alta taxa de satisfação.

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Além da redução de gordura, o endolaser se mostrou eficaz no rejuvenescimento da pele ao estimular a produção de colágeno e melhorar a espessura dérmica. Esses efeitos são buscados por quem quer combater sinais de envelhecimento, como a flacidez, e buscar uma aparência mais firma para a pele. 

Afinal, fazer ou não fazer?

Se o problema são as varizes, a EVLA, até o momento, se mostrou um procedimento seguro, oferecendo resultados que se comparam – e, em alguns casos, superam – a cirurgia tradicional.

Já para quem deseja um cuidado estético, por enquanto há poucos achados científicos sobre o tema, mas o endolaser tem apresentado resultados promissores na redução de gordura localizada e na melhora da firmeza da pele.

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De qualquer maneira, antes de tomar uma decisão, é importante conversar com um especialista, seja um especialista vascular, dermatologista ou cirurgião plástico. Cada pessoa responde de maneira única aos procedimentos, e só uma avaliação personalizada pode indicar o tratamento mais adequado.

Também vale lembrar que todo procedimento estético só deve ser realizado por dermatologistas qualificados.

 

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