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Dormir demais e não cochilar podem aumentar o risco de câncer

Certos hábitos ligados ao nosso sono foram relacionados a uma maior incidência de tumores, segundo uma pesquisa chinesa

Por Thiago Nepomuceno
9 nov 2016, 19h05
efeitos do cochilo
Cochilar depois de uma noite mal dormida não reverte todos os estragos. (Foto: Gustavo Arrais/SAÚDE é Vital)
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Um estudo da Universidade de Huazhong, na China, aplicou um questionário a 27 mil aposentados de uma mesma corporação. A meta era investigar se determinados hábitos relacionados às horas dormidas influenciariam no risco de desenvolver câncer. Para ser mais específico, os cientistas se focaram em pessoas que trocavam o dia pela noite, em quem não tirava sonecas à tarde e nos indivíduos que dormiam aos montes.

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Com base nisso, descobriram que trabalhadores que adotaram turnos noturnos nos últimos 20 anos apresentavam uma probabilidade 27% maior de serem diagnosticados com essa doença. Já nos voluntários que não tiravam um cochilo, o risco era quase duas vezes maior em comparação com outros que relaxavam meia hora no período da tarde. E o excesso de horas dormidas? Bem, isso também não parece fazer bem: quem apagava por mais de 10 horas por dia corria um risco 40% maior de apresentar tumores em relação a quem dormia por oito horas.

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Mas não para por aí: pessoas com dois desses hábitos combinados possuíam uma probabilidade adicional de 43% de desenvolver câncer. Nessa situação, a possibilidade de morrer da enfermidade também quase dobrava — isso em comparação com participantes que não apresentavam nenhum dos fatores. Curiosamente, nenhum dos elos foi encontrado entre as mulheres.

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Apesar de tudo, os autores admitem que ainda são necessários mais estudos para confirmar seus achados. Mas o que não falta são hipóteses. No caso da parcela que trabalha à noite, a privação de sono acarretaria uma pane no sistema imunológico, favorecendo o aparecimento dos tumores. Já os cochilos diurnos costumam ser sinônimos de um estilo de vida saudável — fora que aliviam o estresse, um estado emocional que derruba as defesas do corpo.

É importante ressaltar que, embora o trabalho em questão não tenha abordado a privação de sono, outros levantamentos indicam que poucas horas debaixo dos lençóis também abrem as portas para o câncer — e outras encrencas, a exemplo da obesidade. Tentar regular os hábitos noturnos faz uma diferença danada para a saúde.

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