Diagnóstico precoce e tratamento são fundamentais para a saúde dos rins
Exames específicos, aliados ao acompanhamento médico e ao controle de fatores de risco, são o caminho para combater a doença renal crônica
Em março é celebrado o Dia Mundial do Rim, que, em 2023, será comemorado no dia 9. Segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS)1, a data tem como finalidade gerar conscientização a respeito da importância do controle das doenças renais, incentivando a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado dessas condições de saúde.
Dados da organização internacional World Kidney Day, que realiza campanhas globais de conscientização sobre o tema, apontam que 10% da população mundial padece da chamada doença renal crônica (DRC)1, termo geral utilizado para caracterizar as alterações que afetam a estrutura e a função renal, uma condição perigosa – principalmente por ser, geralmente, assintomática – que muitas vezes tem o diagnóstico tardio e que pode se tornar bastante grave.2
De acordo com a dra. Marina Belhaus, diretora médica da AstraZeneca, tratar e controlar fatores de risco, como diabetes, hipertensão, obesidade, doenças cardiovasculares e tabagismo, são as principais formas de prevenir a doença. Mas é fundamental também que as pessoas tenham acesso ao atendimento em saúde de qualidade e ao conhecimento sobre esses riscos.2
“É fundamental que os pacientes realizem exames de forma regular – como o de avaliação da saúde renal, que é feito por meio da dosagem de creatinina no sangue, e o exame de urina de rotina – e, caso haja o diagnóstico da condição, tenham adesão ao tratamento, que pode incluir o uso de medicamentos e mudanças no estilo de vida”, informa.2
A importância da saúde dos rins
Os rins são responsáveis por boa parte do equilíbrio da química interna do organismo humano e têm funções como: a eliminação de toxinas do sangue, a regulação da formação do sangue e dos ossos, os ajustes da pressão sanguínea e o controle do balanço químico e de líquidos do corpo3.
Quando os rins não funcionam corretamente, em alguns casos pode ser necessário fazer diálise pelo resto da vida e até mesmo passar por um transplante renal. O mau funcionamento dos rins pode levar, também, a complicações como a hiperpotassemia, causada por níveis altos de potássio no sangue, que pode gerar complicações no organismo e até alterar os batimentos cardíacos, entre outros sintomas.2
De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN)4, todos os anos, cerca de 44 000 brasileiros precisam iniciar hemodiálise, procedimento por meio do qual uma máquina limpa e filtra o sangue, ou seja, faz parte do trabalho que o rim doente não pode fazer3,5, ou diálise peritoneal, processo que ocorre dentro do corpo do paciente, com auxílio de um filtro natural como substituto da função renal6.
Para se ter ideia, cerca de 12 milhões de brasileiros sofrem de doença renal crônica, mas apenas 20% dos que estão no estágio 3 – dentro de uma gama de 5 estágios, o 3 é quando o paciente, geralmente, começa a apresentar os primeiros sintomas – são diagnosticados7,10.
Informação é sinônimo de prevenção e melhores cuidados
Segundo informações do Ministério da Saúde11, os principais fatores de risco para a DRC são a diabetes e a hipertensão. A prevenção está diretamente relacionada a estilo e condições de vida dos pacientes, e o tratamento depende de cada caso, principalmente considerando o estágio em que a doença é diagnosticada.
Os pacientes com doenças renais estão entre os que apresentam maior vulnerabilidade no sistema de saúde, como revela a SBN. Muitas vezes, receber o diagnóstico em fases mais avançadas torna o descobrimento da doença um momento inesperado e muito mais desafiador.
Por conta disso, todos os anos, a SBN coordena as campanhas do Dia Mundial do Rim no Brasil. Com “Saúde dos Rins e Exame de Creatinina para Todos” como tema central, a campanha tem o apoio de grandes empresas do setor, como é o caso da biofarmacêutica global AstraZeneca, e visa conscientizar sobre o cuidado de pessoas vulneráveis e o preparo para lidar com os desafios inesperados das doenças renais.
No dia 9 de março, portanto, acontecerão diversas ações para abranger o maior número de pessoas, entre governantes, legisladores, educadores, profissionais de saúde e, principalmente, a população em geral, que tem o direito e precisa ter acesso a essas informações para um melhor cuidado com a saúde.
Para saber mais sobre a campanha e conhecer o trabalho feito para minimizar os efeitos devastadores das doenças dos rins, acesse o site oficial da SBN.
Saiba mais sobre a sua saúde renal aqui.
Referências
- Organização Mundial da Saúde (OMS). Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Dia Mundial do Rim 2022: HEARTS nas Américas e Saúde Renal para Todos. Disponível em: https://www.paho.org/pt/noticias/9-3-2022-dia-mundial-do-rim-2022-hearts-nas- americas-e-saude-renal-para-todos.
- Kidney Disease: Improving Global Kidney Int Suppl. 2013;3:1-150.
- Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN). Compreendendo os rins. Disponível em: https://www.sbn.org.br/o-que-e-nefrologia/compreendendo-os-rins/.
- Nerbass FB, Lima HN, Thomé FS, Vieira Neto OM, Lugon JR, Sesso R. Brazilian Dialysis Survey Braz J Nephrol 2022;44(3):349-57.
- Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN). Hemodiálise. Disponível em: https://www.sbn.org.br/orientacoes-e-tratamentos/tratamentos/hemodialise/.
- Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN). Diálise peritoneal. Disponível em: https://www.sbn.org.br/orientacoes-e-tratamentos/tratamentos/dialise-peritoneal/.
- Szczech LA, et PLoS One 2014;9:e110535.
- Fraser SDS, Blakeman Pragmat Obs Res 2016;7:21-32.
- Vaidya SR, Aeddula NR. Chronic Renal Failure 2019. Disponível em: https://knowledge.statpearls.com/chapter/0/28357.
- Aguiar LK, et al. Rev Bras Epidemiol 2020; 23:
- Ministério da Saúde. Saúde de A a Z. Doenças Renais Crônicas. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/drc.
Material destinado a todos os públicos. BR-22767. Aprovado em março/2023.
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