Namorados: Assine Digital Completo por 1,99

Hipertensão Pulmonar: como é ter essa doença

Uma mulher brasileira conta como descobriu o problema, que causa cansaço e falta de ar, e os desafios por trás dele

Por Theo Ruprecht Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 4 Maio 2018, 18h01 - Publicado em 5 Maio 2017, 10h49
hipertensão-pulmonar
A hipertensão pulmonar arterial pela perspectiva de quem tem a doença (Ilustração: Pedro Hamdan/SAÚDE é Vital)
Continua após publicidade

A chamada hipertensão arterial pulmonar (HAP) é rara: estima-se que 350 mil pessoas no mundo sofram com ela (10 mil no nosso país). A brasileira Queli Saraiva é uma delas — e contou sua história em homenagem ao 5 de maio, data usada para conscientizar a população sobre essa doença perigosíssima, cuja taxa de mortalidade chega a 43% em cinco anos.

“Os primeiros sintomas que senti foram uma falta de ar forte e cansaço extremo. Ao procurar diversos médicos, cheguei a ser tratada como se tivesse um quadro de estresse”, lembra Queli. “Travei uma longa luta para conseguir o diagnóstico correto. Somente em fevereiro de 2015, quase um ano depois, descobri ter hipertensão arterial pulmonar”, completa.

HAP
Queli Saraiva, apesar da doença, tem uma vida sem grandes limitações (Foto: Divulgação/SAÚDE é Vital)

A detecção precoce é realmente um dos grandes desafios desse transtorno. Até por se tratar de uma enfermidade rara, em que os sintomas podem se confundir com o de outras encrencas, muitas vezes a pessoa passa um bom tempo sem saber o que a está afligindo.

O pneumologista Rogério Rufino, médico de Queli e professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, ressalta que o sinal inicial geralmente é mesmo a falta de ar, principalmente durante uma atividade física qualquer. Mas o quadro evolui para fadiga extrema, vertigem, pele azulada, dor torácica e por aí vai. Uma vez com a suspeita do mal, o indivíduo passa por uma bateria de exames para confirmar a presença da condição.

Continua após a publicidade

Mas voltemos à história de Queli: “Na época do diagnóstico, estava grávida e tive que abrir mão de um grande sonho da minha vida: amamentar meu recém-nascido. Eu só pude iniciar meu tratamento após o nascimento do meu filho”, diz. O médico Rufino esclarece: “Ficamos preocupados, porque a indicação é a de que mulheres não engravidem. Mas ela e o bebê conseguiram”, comemora.

A boa nova é que o leque de medicamentos contra a HAP está aumentando. Recentemente, uma terapia — a macitentana — foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “O remédio me devolveu o fôlego e voltei a realizar atividades do dia a dia, como levar meus filhos na escola, limpar a casa e ir ao médico sozinha”, conta.

“Com tratamento adequado, a sobrevida aumenta. É uma vida com limitações, mas que dá para ser experimentada quase normalmente”, assegura Rufino. O problema, hoje, é obter acesso às drogas mais modernas, bastante caras. Embora o Sistema Único de Saúde ofereça opções que ajudam a retardar a progressão da hipertensão arterial pulmonar, terapias mais modernas ficam de fora — o que acaba incentivando ações na Justiça para obtê-las.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

OFERTA RELÂMPAGO

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 1,99/mês*

Revista em Casa + Digital Completo

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
A partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$ 1,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.