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Covid: risco de inflamação grave em crianças vacinadas é de 1 em 1 milhão

Nas crianças e adolescentes não vacinados contra o coronavírus risco aumenta para 200 casos a cada um milhão, destaca a pesquisa

Por Fernanda Bassette, da Agência Einstein*
Atualizado em 1 Maio 2022, 11h48 - Publicado em 1 Maio 2022, 11h45
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  • O risco de uma criança ou adolescente não vacinados contra a Covid-19 desenvolverem a síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica (SIM-P) após contraírem a doença é de cerca de 200 casos a cada um milhão.

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    Se estiverem vacinados com, pelo menos, uma dose, o risco cai a um caso por milhão, de acordo com estudo publicado na revista científica The Lancet Child & Adolescent Health — o que torna a condição um evento raro entre os imunizados.

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    Descrita pela primeira vez em abril de 2020 por pesquisadores ingleses, a síndrome inflamatória multissistêmica associada à Covid-19 afeta várias áreas do organismo em decorrência da infecção pelo Sars-Cov-2, em um período que pode variar de quatro a até oito semanas após a infecção.

    Segundo Márcio C. A. Moreira, infectologista pediátrico do Hospital Israelita Albert Einstein, acredita-se que se trate de uma reação imunológica exagerada e em cascata, cujos principais sintomas incluem:

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    Febre persistente (não necessariamente alta, mas que não passa);
    • Erupção cutânea;
    • Alterações cardíacas e de coagulação;
    • Condições gastrointestinais, como diarreia, dor de estômago e náusea.

    “É uma condição muito grave, na maioria das vezes com risco de vida, que requer internação hospitalar e monitoramento constante. Não é um diagnóstico fácil e o que observamos é que a infecção prévia pelo coronavírus funciona como um gatilho”, explica Moreira.

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    Um em um milhão

    Com relação à prevalência, os pesquisadores norte-americanos que conduziram o estudo analisaram os dados de vacinação de crianças e adolescentes, entre 12 e 20 anos, nos Estados Unidos, durante os primeiros oito meses de imunização (entre dezembro de 2020 e agosto de 2021).

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    Todos receberam a vacina desenvolvida pela farmacêutica Pfizer/BioNTech, que era a única autorizada no país para menores de 18 anos.

    Foram analisados dados referentes a mais de 20 milhões de jovens vacinados. Destes, identificaram 47 casos suspeitos da síndrome. Ainda, 21 deles se enquadravam nos critérios para a confirmação da síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica.

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    Os pesquisadores avaliaram, ainda, se as crianças e adolescentes com sintomas para a síndrome tinham passado pela Covid-19 anteriormente: 15 deles, sim; 6, não.

    + LEIA TAMBÉM: Como diferenciar gripe, resfriado ou Covid-19 em crianças?

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    Os 21 diagnosticados com a condição foram hospitalizados, sendo que 12 tiveram de ser internados em unidades de terapia intensiva (UTI), mas todos receberam alta.

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    Diante do total de indivíduos nessa faixa etária que já havia recebido ao menos uma dose da vacina, os pesquisadores chegaram à taxa de risco de um caso para cada um milhão de imunizados. Entre os vacinados que não tiveram Covid-19 anteriormente, o risco é ainda menor: 0,3 casos/milhão.

    “Esse trabalho reforça a importância da vacinação. Mesmo algumas pessoas argumentando que a Covid-19 é pouco relevante em crianças, já que a maioria apresenta sintomas leves, pode haver manifestação grave da infecção em pediatria”, destaca o infectologista.

    Como a SIM-P se assemelha à outra síndrome, a de Kawasaki, também pode haver confusão no diagnóstico, de acordo com Moreira. “Elas são muito parecidas e a intervenção médica é a mesma. Na prática, não tem diferença nenhuma. Os critérios diagnósticos são clínicos e a diferença é baseada no tempo de desenvolvimento pós infecção”, pondera. “Por isso eu reforço: a vacinação das crianças e adolescentes é muito importante. O risco de um vacinado desenvolver a síndrome é muito baixo”, conclui.

    *Esse texto foi publicado originalmente na Agência Einstein.  

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