Assine VEJA SAÚDE por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Contra-ataque ao mieloma múltiplo: novo tratamento aprovado no Brasil

Medicamento age de forma inédita para combater casos refratários da doença, mais comum em idosos

Por Larissa Beani
Atualizado em 29 mar 2024, 13h17 - Publicado em 29 mar 2024, 08h49

Todos os anos, 7,6 mil brasileiros recebem o diagnóstico do mieloma múltiplo, um câncer caracterizado pelo crescimento descontrolado de células da medula óssea. Sem cura, a doença é um desafio para pacientes e médicos.

Daí a empolgação com a aprovação, no Brasil, de mais uma imunoterapia para o quadro. A Anvisa liberou o talquetamabe, um anticorpo biespecífico injetável, a adultos com mieloma múltiplo recidivado ou refratário, que já passaram por pelo menos três tratamentos sem sucesso.

A medicação, comercialmente chamada de Talvey, redireciona o sistema imune para atacar dois alvos nas células tumorais. “Nossos estudos mostraram que, em um ano, há uma sobrevida superior a 76%”, conta Simone Forny, diretora de hematologia da Janssen, que desenvolveu o fármaco.

No fim do ano passado, também ganhou aval no país a primeira imunoterapia para linfoma difuso de grandes células B — o epcoritamabe, da Abbvie.

+ Leia também: Março borgonha: desafios e avanços diante do mieloma múltiplo

Mieloma múltiplo

Sinais

Cansaço, anemia e dor óssea são comuns.

Causas

Não há fator único conhecido. Suspeita-se de propensão genética.

Continua após a publicidade

Fator de risco

Mais prevalente em homens com mais de 65 anos.

Tratamento

Quimioterapia, transplante de medula óssea e imunoterapia.

Continua após a publicidade

+ Leia também: CAR-T Cell: a cura de cânceres do sangue?

Imunoterápico em ação

Entenda como funciona o anticorpo biespecífico

União faz a força

A fórmula reúne dois anticorpos capazes de se conectar a antígenos presentes nas células de mieloma múltiplo.

Continua após a publicidade

Os alvos da droga são o receptor CD3 (grupo de diferenciação 3), expresso na superfície de células T, e o receptor GPRC5D, encontrado nas células de mieloma múltiplo.

Dedo-duro

Dessa forma, o medicamento reconhece as células malignas e faz uma ponte entre elas e as células de defesa.

“O talquetamabe funciona ligando-se simultaneamente às células do mieloma múltiplo e às células T, para desencadear mecanismos que levam à morte das células cancerígenas que expressam o GPRC5D”, explica Forny.

Continua após a publicidade

Avante!

É um processo que ativa o sistema imunológico para que ele passe a atacar as células tumorais com eficiência.

Errata: o texto inicialmente indicava que o talquetamabe é a primeira imunoterapia para o tratamento do mieloma múltiplo aprovada no Brasil. Na verdade, ele é o primeiro e único anticorpo biespecífico anti-GPRC5D para a condição, ou seja, a primeira imunoterapia com alvo GPRC5D, mas não o primeiro imunoterápico para mieloma múltiplo.

Compartilhe essa matéria via:
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.