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Combinar cigarro eletrônico com o normal é ainda pior para o pulmão

Uma pesquisa indica que o e-cigarro causa doenças pulmonares crônicas por si só. Mas usá-lo junto com a versão tradicional seria especialmente ruim

Por Maria Tereza Santos
Atualizado em 31 Maio 2021, 10h16 - Publicado em 19 dez 2019, 15h42

Um estudo da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, mostra que os cigarros eletrônicos aumentam significativamente a probabilidade de desenvolver problemas respiratórios incuráveis, como asma, bronquite e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Acontece que o quadro se torna ainda mais grave quando a pessoa recorre tanto ao aparelho como ao cigarro comum.

Para chegar nessa conclusão, os cientistas verificaram os dados da Avaliação Populacional do Tabaco e da Saúde, uma pesquisa conduzida anualmente nos Estados Unidos. Nesse levantamento, os participantes respondem a um questionário sobre problemas de saúde — que incluem os do sistema respiratório —, regularidade de fumo e o “tipo de cigarro” utilizado.

No total, 32 mil americanos maiores de idade, entrevistados de 2013 a 2016, foram incluído na análise. Não é pouca gente.

Ao cruzar as informações, primeiro se constatou que usuários dos vaporizadores eram 1,3 vez mais suscetíveis a apresentar enfermidades respiratórias ao longo do tempo. Esse número subia para 2,6 vezes entre quem preferia o cigarro normal.

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Mas aí veio a descoberta mais amedrontadora. Nas pessoas que usavam ambas as opções, o risco de sofrer com enfermidades no pulmão era 3,3 vezes maior, quando comparado a quem não fuma.

De acordo com o cardiologista Stanton Glantz, líder da investigação, o achado problematiza a utilização de e-cigarros como forma de redução de danos. Até porque não mais do que 1% dos fumantes analisados migraram completamente para os dispositivos de bateria. E, de novo, o uso combinado se mostrou especialmente danoso.

“Trocar completamente o convencional pelo eletrônico poderia diminuir o risco de doenças pulmonares, mas poucas pessoas fazem isso”, reforça Glantz, em comunicado à imprensa.

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Além disso, o trabalho americano foi o primeiro a expor as repercussões de vaporizadores em um período mais longo.

Até então, os especialistas da área só sabiam dos efeitos a curto prazo desses dispositivos. Entre eles, um dos mais preocupantes atende pela sigla de Evali (que vem de “lesão pulmonar associada a produtos de cigarro eletrônico ou vaping”, em inglês). A condição, que ainda está sendo investigada, já matou 48 pessoas e levou 2 291 para o hospital nos Estados Unidos, de acordo com o último boletim divulgado pelo Centro de Controle de Doenças (CDC) do país.

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