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Candidíase: tratamento, sintomas, diagnóstico e prevenção

Doença provocada pelo fungo Candida albicans pode ser controlada com medicamentos e cremes

Por Goretti Tenorio, Chloé Pinheiro e Lucas Rocha
Atualizado em 26 mar 2025, 16h30 - Publicado em 21 ago 2017, 12h13
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A candidíase afeta principalmente a área genital das mulheres (Foto: GI/Getty Images)
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A candidíase é uma infecção causada pelo fungo Candida albicans, que se aloja comumente na área genital, provocando coceira, secreção e inflamação na região.

O micro-organismo vive normalmente no organismo sem causar danos, mas, em situações de desequilíbrio, aumenta a população e passa a ser danoso para o corpo. Isso acontece especialmente entre as mulheres, já que o fungo habita a flora vaginal.

Em períodos de baixa imunidade, o ambiente quente e úmido da região genital propicia a proliferação descontrolada, que muitas vezes exige tratamento.

Pessoas com o sistema imune debilitado ainda podem sofrer com a candidíase na boca (é o sapinho), na garganta, na pele e nas unhas, entre outros locais.

+ Leia também: O que causa a candidíase? Conheça 5 fatores de risco

Sinais e sintomas

A candidíase reúne um grupo de infecções causadas por fungos Candida.

A doença pode se manifestar de forma localizada, em locais como boca, faringe e órgãos genitais, e de forma disseminada – a candidíase sistêmica. Os sintomas variam entre homens e mulheres.

Nelas, é mais comum o aparecimento de coceira na vagina, corrimento de cor branca, ardência ao urinar e presença de dor nas relações sexuais. Já entre os homens, os indicativos são manchas vermelhas no pênis ou lesões no formato de pontos, além de inchaço leve e coceira na região.

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Paciente com sintomas de candidíase na boca (Foto: Sherry Brinkman/CDC/Divulgação)

Veja a lista:

  • Ardor, coceira e inchaço na região genital
  • Fissuras na mucosa genital que lembram assadura
  • Corrimento esbranquiçado
  • No homem, aparece vermelhidão e uma espécie de nata na ponta do pênis
  • Aftas
  • Dor ao engolir alimentos

Fatores de risco

Entre os fatores de risco para o desenvolvimento da candidíase estão extremos de idade, como crianças e idosos.

Pessoas com algum grau de alteração no funcionamento do sistema imunológico também são mais suscetíveis, como imunossuprimidos, transplantados e pacientes que realizaram intervenções ou cirurgias invasivas.

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+ Leia também: Febre oropouche: entenda a doença com sintomas parecidos com os da dengue

Veja outras condições associadas:

  • Relação sexual sem preservativo
  • Roupa íntima apertada e de material sintético
  • Ficar muito tempo com maiô e biquíni molhados
  • Diabetes
  • Obesidade
  • Gravidez
  • Deficiência imunológica causada por doenças como aids e câncer
  • Tratamento corrente com antibióticos

A prevenção

Para afastar a ameaça da candidíase vaginal, a higiene da região deve ser feita com sabonete de pH neutro. Dar preferência, é melhor optar pela calcinha de algodão, não usar absorvente íntimo todo os dias e evitar roupas muito justas ou molhadas por tempo prolongado.

Não abrir mão da camisinha nas relações sexuais previne o contágio entre os parceiros.

Pessoas com a imunidade comprometida, como indivíduos vivendo com HIV ou em tratamento contra o câncer, precisam de cuidados extras para prevenir a infecção pelo fungo. Lembre-se: a candidíase é uma doença oportunista.

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+ Leia também: HIV: a importância do conceito “Indetectável = Intransmissível”

O diagnóstico

Na consulta, o médico analisa a mucosa da vagina ou do pênis. Com base nos sinais suspeitos da doença, o médico pode solicitar testes para confirmação da infecção.

Em geral, o diagnóstico da candidíase é realizado a partir de exames de laboratório, com base nas secreções corporais, que permitem a detecção da presença dos fungos causadores do agravo.

Se necessário, uma raspagem da área afetada fornece uma amostra a ser analisada em laboratório para identificar o tipo de fungo causador do problema.

No caso da forma disseminada da doença, o diagnóstico pode ser mais complexo, especialmente diante de resultados negativos para os testes de cultura realizados inicialmente.

Nesse contexto, o diagnóstico laboratorial baseia-se no exame direto da amostra biológica normalmente estéril  – que pode ser de sangue, urina, líquor, líquido articular, líquido peritoneal e tecidos, no isolamento e identificação do fungo após crescimento em meios de cultura.

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Além disso, há um exame mais rápido, chamado pesquisa direta, que pode auxiliar na indicação do tratamento, o resultado do teste anterior fica pronto.

O tratamento

Na maioria dos casos, o profissional prescreve cremes de uso no local, em geral duas vezes ao dia. Também existe a opção de antifúngicos em comprimido.

Quando a irritação é muito acentuada, o especialista pode associar o tratamento contra a Candida albicans a um medicamento via oral à base de corticoide.

No caso da candidíase sistêmica, o tratamento é feito caso a caso, de acordo com o estado clínico de cada paciente. Para isso, a espécie de Candida pode ser isolada e para análise do perfil de sensibilidade aos antifúngicos.

De acordo com o Ministério da Saúde, os antifúngicos comumente usados para o tratamento da doença são:

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  • equinocandinas (caspofungina, anidulafungina ou micafungina)
  • poliênicos (anfotericina B em desoxicolato e formulações lipídicas de anfotericina B)
  • azólicos (fluconazol, voriconazol)
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