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Câncer de tireoide: os riscos do tratamento no longo prazo

Maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares e osteoporose estão entre os problemas que a terapia para esse tipo de tumor pode causar

Por Ana Luísa Moraes
Atualizado em 26 Maio 2022, 11h39 - Publicado em 25 jan 2017, 18h27
coração
Coração dos sobreviventes do câncer de tireoide é o que mais sofre as consequências do tratamento (Ilustração: Pedro Hamdan/)
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O câncer de tireoide tem mais de 95% de chance de cura. Como também é um tumor relativamente comum, há um número considerável de sobreviventes, que foram foco de um trabalho da Universidade de Utah, nos Estados Unidos. Ao comparar, ao longo dos anos, indicadores de saúde de 4 060 deles com dados de 18 mil indivíduos que nunca apresentaram a doença, os pesquisadores revelaram alguns efeitos de longo prazo do tratamento.

Exemplo: quem é diagnosticado antes dos 40 anos possui um risco até cinco vezes maior de manifestar inchaço ao redor do coração. Além disso, a probabilidade de sofrer com osteoporose é sete vezes maior. Outras condições, como hipertensão e arritmia cardíaca, também apareceram com mais frequência.

Os pacientes que desenvolveram nódulos malignos na tireoide depois dos 40 também foram impactados pela terapia, mas não com tanta força. Esse fato pode surpreender, porque tendemos a considerar que os mais jovens seriam mais resistentes.

Aliás, segundo Brenna Blackburn, líder do estudo, essa crença talvez seja a causa da disparidade encontrada: “Pacientes mais novos são considerados mais saudáveis, e é presumido que consigam lidar com terapias mais agressivas, que estão relacionadas a problemas cardíacos”, disse em comunicado.

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A pesquisa aparece em um momento oportuno: o câncer de tireoide está crescendo mais rapidamente nos Estados Unidos do que qualquer outro tipo. “É importante entender as ameaças de longo prazo para que possamos cuidar da saúde dos indivíduos e informar aos oncologistas como cuidar melhor desses pacientes desde o início”, comenta Brenna.

Leia também: Câncer de tireoide: os novos aliados do exame de TSH na detecção da doença

Só não pense agora que as armas disponíveis contra essa enfermidade devem ser aposentadas. Pelo contrário! A partir desse levantamento, é possível entender melhor suas possíveis reações adversas para maximizar seu potencial e reduzir seus danos ao organismo.

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