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Bomba de morfina: como funciona tratamento da “pior dor do mundo”

Apesar do nome, esse mecanismo também pode empregar outros medicamentos contra a dor. Ideia é produzir uma resposta rápida do organismo

Por João Antonio Streb
6 set 2024, 15h03
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Bomba de morfina geralmente é instalada na região do abdômen, distribuindo medicamentos contra a dor na dosagem e periodicidade indicada pelos médicos (./Divulgação)
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A neuralgia do trigêmeo, conhecida como “a pior dor do mundo”, ganhou destaque nos últimos meses com a estudante mineira Carolina Arruda, de 27 anos, que contou nas redes sociais seu drama sem conseguir resolver o quadro.

Em agosto, a jovem iniciou uma nova tentativa para amenizar as dores: a aplicação de uma bomba de infusão de fármacos, mais conhecida como bomba de morfina.

A aplicação dos analgésicos visa amenizar a condição de Carolina, que ocorre por conta de problemas no nervo trigêmeo, responsável pelas sensações na região da face. Na maior parte das vezes, o quadro é causado pela pressão nas raízes do nervo, mas também pode ser desencadeada por tumores, lesões ou até mesmo esclerose múltipla.

Mas, afinal, como funciona esse procedimento? Ele é usado apenas em casos de neuralgia do trigêmeo?

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+Leia também: 4 questões para entender a neuralgia do trigêmeo, a “pior dor do mundo”

Como funciona a bomba de morfina?

O nome técnico é sistema de bomba de infusão intratecal de fármacos. A denominação abrangente é mais precisa porque a “bomba” não é usada exclusivamente para aplicação de morfina.

O mecanismo é colocado cirurgicamente na região do abdômen e pode ou não ficar sob a pele, varia se a aplicação é permanente ou temporária. Os analgésicos são injetados através de um cateter no líquor que reveste a medula espinhal.

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Mesmo que a dor não seja diretamente na área do abdômen, como é o caso de Carolina, a aplicação não muda. Ao injetar os medicamentos diretamente nos receptores de dor próximos a coluna vertebral, espera-se uma resposta mais ágil.

A bomba conta com um injetor controlável, que distribui a medicação conforme a dosagem recomendada pelo médico responsável. A recomendação é utilizar as bombas de configuração eletrônica, que podem ser ajustadas sem uma nova intervenção cirúrgica e tem baterias que duram entre 5 e 7 anos.

O reabastecimento do medicamento é feito através de uma injeção na área do reservatório e depende da frequência em que são aplicadas as doses.

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Em quais condições a bomba de morfina é utilizada?

Além dos casos de neuralgia do trigêmeo, esse sistema pode ser utilizado também em outros quadros de dores intensas.

Veja aqui alguns exemplos de condições que podem receber essa indicação:

Dores causadas por câncer
Os tumores podem pressionar áreas importantes para o sistema nervoso, como os nervos espinhais, o que desencadeia dores intensas.

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Pancreatite crônica
Essa doença no pâncreas e outras condições das vias biliares causam dores intensas e de longa duração.

Esclerose múltipla e lesões medulares
Traumas na medula e doenças no sistema nervoso central podem desencadear dores intensas e de difícil controle.

Além disso, a bomba de morfina também é aplicada quando os demais tratamentos ou medicamentos para dor não surtem o efeito esperado, seja por resistência do organismo ou uso contínuo de determinado tipo de analgésico, e é parte importante em estratégias de cuidados paliativos.

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E como foi a resposta da bomba de morfina no tratamento de Carolina?

A estudante de veterinária tem utilizado as redes sociais como uma plataforma de conscientização sobre a neuralgia do trigêmeo, além de relatar a resposta do organismo dela aos tratamentos mais recentes.

Carolina relatou em uma publicação recente no Instagram que, sim, a bomba de morfina auxilia no controle da dor. Porém, não é forte o suficiente para evitar as dores nos momentos de crise.

Até o momento, ela não encontrou um tratamento que contorne as dores durante esses períodos.

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