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Biotipos: divisão entre mesomorfo, ectomorfo e endomorfo é pseudociência

Desenvolvida nos anos 1940, a criticada teoria dos biotipos continua a ser usada para explicar dificuldade de perder peso ou ganhar músculo

Por Maurício Brum
25 out 2024, 15h00
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  • Se você está em busca de perder peso, ganhar músculos ou alterar algo no próprio corpo a partir de exercícios e hábitos alimentares, é bem provável que já tenha cruzado com materiais falando sobre seu biotipo. E também deve ter encontrado referências às variações – ectomorfo, mesomorfo e endomorfo.

    Ainda muito popular quando o assunto é desenvolvimento corporal, a noção de biotipo (também chamado de somatotipo) pode até parecer fazer algum sentido à primeira vista, mas na verdade se baseia em uma teoria altamente questionada elaborada nos anos 1940. Hoje, ela é criticada por muitos especialistas como uma pseudociência com viés eugenista.

    Entenda mais essa história.

    Quais são os biotipos definidos por essa teoria?

    A teoria dos somatotipos foi difundida pelo psicólogo norte-americano William Hertbert Sheldon para definir os possíveis tipos de corpos com base em características supostamente genéticas que não poderiam ser modificadas. Atribuindo números para definir diferentes categorias, ele chegou a três biotipos básicos:

    Ectomorfo: corpos mais magros, com braços e pernas alongados e ombros estreitos. Seriam corpos com metabolismo acelerado e dificuldade de ganho de peso e massa muscular.

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    Mesomorfo: também corpos magros, caracterizados por uma menor gordura abdominal. O tronco e o quadril têm uma forma de triângulo ou triângulo invertido (tronco mais largo que o quadril, ou vice-versa).

    Endomorfo: pessoas mais baixas, com tendência a acúmulo de gordura no abdômen e no quadril, dificultando a perda de peso. O corpo tem formato ovalado.

    Só que tal classificação nunca foi confirmada por grandes estudos. O corpo humano é bem mais variado do que isso.

    Críticas ao trabalho de Sheldon

    Apesar de ter sido bastante difundida desde sua introdução nos anos 1940, ganhando inclusive atualizações por outros pesquisadores, a teoria de Sheldon é bastante criticada por fazer parte de uma abordagem mais ampla (e sem embasamento científico) sobre as características de cada pessoa.

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    As descrições de Sheldon sobre biotipos não se limitavam a uma descrição de características físicas: ele também acreditava que, a partir das categorizações definidas para o corpo, seria possível prever certas propensões mentais e intelectuais, inclusive com uma capacidade supostamente preditiva em relação à criminalidade. Para o psicólogo, pessoas com corpos mesomorfos tinham maior tendência ao comportamentos delituosos.

    As afirmações de Sheldon sobre a conexão dos biotipos com características psicológicas não encontraram guarida em pesquisas científicas posteriores e devem ser encaradas com cautela, assim como a própria classificação determinista de biotipos desenvolvida por ele.

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