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As cores de maio na prevenção de tumores

Especialistas da Dasa, maior rede de saúde integrada do Brasil, trazem um panorama sobre o câncer do sistema nervoso central e de ovário

Por Abril Branded Content
Atualizado em 6 jun 2022, 18h31 - Publicado em 27 Maio 2022, 12h57
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  • Associar cores a um determinado mês vem se mostrando uma estratégia bem-sucedida em campanhas de saúde que alertam a população sobre a importância do autocuidado, do diagnóstico precoce e do tratamento personalizado. O conhecimento sobre diferentes aspectos das doenças e seus fatores de risco é uma importante ferramenta para evitar que elas sejam detectadas tardiamente, comprometendo o resultado de medidas de controle. Em maio, o cinza e o azul ajudam a disseminar informações sobre câncer do sistema nervoso central e de ovário, respectivamente. Especialistas da Dasa Oncologia oferecem a seguir um panorama sobre os desafios de diagnóstico e tratamento no enfrentamento desses dois tumores.

    Maio cinza: o complexo sistema nervoso central (SNC)

    Ele é o conjunto responsável pela recepção e transmissão de informações para todo o organismo. “O sistema nervoso central envolve o cérebro e a coluna, ou seja, a medula, que é uma continuação de todos os ramos dos neurônios que ocupam nosso cérebro”, explica a dra. Caroline Chaul, oncologista do Hospital Nove de Julho, em São Paulo. Especializada em tumores nessa área, a médica ressalta que é dessa comunicação que o corpo recebe estímulos, seja para mexer as mãos, fazer o intestino funcionar ou mandar o pulmão inspirar e expirar o ar.

    - Dasa
    Caroline Chaul, oncologista do Hospital Nove de Julho (- Dasa/Divulgação)

    Isso explica por que o crescimento de células anormais nesse conjunto regulador das funções do organismo tem a capacidade de gerar uma variedade de desordens, embora esse tipo de câncer esteja entre os mais raros – 1,8% de todos os tumores malignos globalmente, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca).1 Segundo a especialista, porém, entre as crianças eles compõem o grupo mais frequente de tumores sólidos, ou seja, não hematológicos. Em pediatria, correspondem a 20% de todas as neoplasias.2

    A identificação do problema ainda é um desafio para a medicina. “Primeiro é importante diferenciar: estamos falando apenas de cânceres que nasceram no sistema nervoso central, e não daqueles que aparecem ali em decorrência de metástases, isto é, decorrentes de tumores de outras regiões do corpo”, detalha a especialista.

    Causas são objeto de estudo

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    A ciência ainda busca evidências mais robustas capazes de explicar a origem dos tumores no SNC. Entre os múltiplos fatores investigados está a predisposição genética. “Cerca de 5% deles têm origem em doenças hereditárias, como neurofibromatose e a síndrome de Li-Fraumeni”, esclarece a dra. Chaul.

    A exposição à radiação também está por trás do aparecimento desse tipo de câncer. Alguns estudos focam ainda a hipótese do uso excessivo do celular como fator de risco do problema. “Nenhuma análise, porém, chegou a um resultado que conseguisse comprovar essa relação”, diz a oncologista.

    Sintomas variados servem de alerta

    Tanto em crianças quanto em adultos, os sinais do câncer do SNC variam de acordo com a localização do tumor. “Dependendo de onde ele surge, pode provocar de alteração da força da mão a problemas de memória”, explica a especialista.

    Dor de cabeça, alteração de visão, irritabilidade, apatia, enjoos, vômitos e crises convulsivas (mais raras) podem indicar a necessidade de buscar a orientação de um especialista. O importante é prestar atenção em mudanças de padrão: se a dor de cabeça se intensifica e surge com mais frequência ou está associada a formigamentos na mão ou fraqueza nas pernas, por exemplo.

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    “Nos casos pediátricos, chama atenção a involução no desenvolvimento. Algumas vezes a criança já andava e passa a tropeçar e cair. Ou começa a ter alterações da fala”, descreve a dra. Caroline. A partir das queixas, o médico faz uma avaliação física e dá sequência à investigação com o pedido de ressonância magnética e, por fim, uma biópsia.

    No tratamento, trabalho em equipe

    Todos os tumores do SNC devem ser tratados por equipe multidisciplinar, que envolve especialistas como cirurgiões, radioterapeutas, radiologistas e oncologistas clínicos. “No Hospital Nove de Julho, isso é uma condição sine qua non tanto para os casos infantis quanto nos adultos”, afirma a dra. Caroline Chaul. Isso porque a reabilitação física e neurocognitiva também exige a atuação de diferentes profissionais, como fisiatras, fisioterapeutas, neurologistas, terapeutas ocupacionais. O foco é, sobretudo, a qualidade de vida do paciente.

    Maio azul alerta para um mal silencioso no ovário

    Mulheres em qualquer idade, mas sobretudo entre os 50 e 60 anos, podem estar suscetíveis a um tipo de tumor ginecológico que, embora mais raro, tem expressivo índice de mortalidade: o câncer de ovário. “No Brasil, são cerca de 6 000 casos por ano, segundo o Inca, mas devemos considerar a proporção de subdiagnósticos”, diz o dr. Gustavo Fernandes, diretor da Dasa Oncologia. O diagnóstico, aliás, é um fator decisivo na doença e, frequentemente, é feito tardiamente. “Esse câncer se confunde com outros problemas nos órgãos abdominais. Além disso, ainda não existe um método de rastreio precoce de boa qualidade”, ressalta.

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    Gustavo Fernandes, diretor da Dasa Oncologia
    Gustavo Fernandes, diretor da Dasa Oncologia (- Dasa/Divulgação)

    “Estamos falando de um tumor grave, muitas vezes silencioso no início. Quando começa a gerar sintomas, em mais de 50% dos casos o câncer já está avançado”, alerta a oncologista dra. Cecília Longo, do Hospital São Lucas Copacabana, no Rio de Janeiro, e do Complexo Hospitalar de Niterói, em Niterói, que conta com uma unidade dedicada aos cuidados com a saúde feminina, o CHN Mulher.

    Cecília Longo, oncologista do Complexo Hospitalar de Niterói (CHN)
    Cecília Longo, oncologista do Complexo Hospitalar de Niterói (CHN) (- Dasa/Divulgação)

    Manifestações inespecíficas

    Os ovários são glândulas localizadas na pelve, ao lado de cada trompa uterina. “Quando o tumor começa a crescer, costuma comprimir essas estruturas, podendo causar dores abdominais e irradiadas para a coluna, alterações do ritmo intestinal, gases, indigestão e inchaço abdominal. E todos esses sintomas podem ser confundidos com outros problemas”, explica a dra. Cecília Longo.

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    Diante de uma suspeita, o especialista averigua a causa com exames laboratoriais e de imagem. Radiologista do Alta Excelência Diagnóstica e chefe do centro de imagem do Hospital São Lucas Copacabana, o dr. Romulo Varella alerta para a importância da realização do ultrassom transvaginal: “Ele identifica se o ovário está aumentado e se apresenta cistos. E a ressonância define melhor a característica do cisto”.

    - Dasa
    Romulo Varella, radiologista do Alta Excelência e chefe do centro de imagem do hospital São Lucas Copacabana (- Dasa/Divulgação)

    O dr. Varella destaca ainda a importância de contar com núcleos especializados em exame de imagem. “A experiência do ultrassonografista em identificar pequenas alterações, assim como o uso de aparelho moderno com qualidade de imagem superior, impacta bastante o resultado da análise.”

    Para a dra. Cecília Longo, conhecer o histórico da paciente é fundamental para chegar ao diagnóstico o mais cedo possível. “Mulheres que têm casos de câncer de ovário na família devem estar ainda mais atentas. Principalmente se forem em parentes em primeiro grau, como mãe, irmã e filha”, alerta.

    “Muitas famílias têm esse risco aumentado sem saber. Por isso, nosso serviço disponibiliza exames para checar o componente hereditário da doença”, diz o oncologista dr. Tiago Kenji, diretor técnico do Instituto de Oncologia do Hospital Santa Paula, em São Paulo, que conta com uma equipe para o atendimento de casos de tumores relacionados ao aparelho genital feminino. O mapeamento genético ganha relevância na investigação porque é capaz de detectar mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, que elevam a probabilidade de desenvolver tanto câncer de mama quanto de ovário.

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    Tiago Kenji, diretor técnico do Instituto de Oncologia do Hospital Santa Paula
    Tiago Kenji, diretor técnico do Instituto de Oncologia do Hospital Santa Paula (- Dasa/Divulgação)

    “A Dasa oferece o cuidado certo, na hora certa, em toda a jornada da paciente, do diagnóstico ao tratamento, seja em cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou imunoterapia”, resume o dr. Gustavo Fernandes. Nos hospitais da rede, equipes com cirurgiões, oncologistas clínicos e radiologistas se reúnem para discutir a melhor conduta de acordo com o perfil da paciente e o estágio da doença. Como não existe rastreio específico para o tumor de ovário, os especialistas são unânimes em ressaltar: o acompanhamento regular com um ginecologista é o primeiro passo para um diagnóstico precoce. “É preciso prestar atenção aos sinais clínicos. A mulher não deve desconsiderar queixas como aumento no volume abdominal e alterações no ciclo menstrual, assim como o histórico familiar. Quanto mais cedo procurar assistência, melhor o prognóstico”, conclui.

     

    1. https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-do-sistema-nervoso-central.
    2. https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-infantojuvenil/tumores-do-sistema-nervoso-central/profissional-de-saude.

     

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