Após analisar vários estudos publicados ao longo de décadas, a pesquisadora Jennie Connor, da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, concluiu que existe um elo entre a ingestão de bebidas alcoólicas e o surgimento de tumores em pelo menos sete regiões do corpo: laringe, esôfago, fígado, cólon, reto, mama e orofaringe. Mais: de acordo com a investigação, ocorreram aproximadamente 500 mil mortes por câncer em 2012 devido a cervejas, uísque e companhia.
Segundo a autora do trabalho, as descobertas em relação aos nódulos de mama são especialmente preocupantes. “Cerca de 60% de todas as mortes por câncer atribuídas ao álcool nas mulheres da Nova Zelândia vem desse tipo de tumor”, disse.
Outro dado pra ficar de olho: o diagnóstico da doença muitas vezes aconteceu entre quem tomava doses até então consideradas aceitáveis. Ou seja, não haveria limite seguro para esse hábito. Ainda assim, pessoas que abusam se beneficiariam bastante caso maneirassem nas doses.
“Apesar de as mortes por câncer atribuídas ao álcool responderem por apenas 4,2% de todos os casos de óbito pela doença antes dos 80 anos, o que faz uma grande diferença é que, nesses casos, a gente sabe como preveni-las”, avaliou Jennie. Segundo ela, uma redução no consumo dessas bebidas entre a população diminuiria a incidência desses tipos de câncer de forma expressiva, além de trazer outros ganhos à saúde.