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A técnica para reduzir dores que deixou Michael Phelps roxo é útil para você?

A chamada ventosaterapia ganhou os holofotes após o nadador americano Michael Phelps aparecer com manchas pelo corpo na Olimpíada do Rio. Saiba o que ela é e quando pode ajudar você

Por Theo Ruprecht
Atualizado em 26 out 2016, 10h13 - Publicado em 11 ago 2016, 12h38
Ricardo Correa
Ricardo Correa (/)
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Não, o nadador americano Michael Phelps não dormiu em cima de suas 25 medalhas olímpicas e acordou com roxos no dia da prova. As marcas observadas no seu corpo são resultado da ventosaterapia, que ganhou espaço na imprensa após ele revelar que a utiliza para aliviar incômodos do treinamento e relaxar a musculatura. 

Mas calma: pra começo de conversa, a ventosaterapia não é nada nova. Estamos falando de mais uma técnica milenar chinesa. Em resumo, um líquido inflamável é acendido dentro de uma espécie de copo de vidro e, assim que a chama se apaga, o especialista pressiona esse utensílio contra o corpo da pessoa. Por causa do calor, cria-se um vácuo dentro do copo que promove uma sucção da área. Isso estimula o fluxo sanguíneo e regeneraria músculos e outros tecidos desgastados, além de deixar esses roxos por um tempinho.

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Agora, a prática funciona mesmo? “De acordo com a literatura especializada, ela diminui a dor muscular e, assim, relaxa a região”, afirma o médico do esporte Páblius Braga, do Centro de Medicina do Exercício e do Esporte do Hospital 9 de Julho, em São Paulo. “Ela tem um efeito de curto prazo, resolvendo situações como as apresentadas por atletas”, completa. Ou seja, o método ajuda a descontrair o corpo após uma sessão intensa de atividade física.

Nesse sentido, a ventosaterapia pode, sim, ser uma alternativa para esportistas amadores. “É uma forma não medicamentosa de aliviar a dor e pode compor um programa de fisioterapia, por exemplo”, explica Braga. Como não envolve remédios, acaba preocupando menos os especialistas, uma vez que não interferiria no tratamento convencional de certos incômodos. “O eventual desconforto na hora da aplicação é a principal limitação”, avisa o especialista.

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Mesmo assim, antes de apostar nela, vale a pena conversar com um profissional sobre o assunto. Até porque não existem evidências científicas de que ela é mais (ou menos) eficaz do que outros métodos. O recado final é que a ventosaterapia pode auxiliar sim — tanto profissionais como a população em geral. Mas ela não é milagrosa nem foi a responsável pelo enorme sucesso de Phelps e de qualquer outro atleta. 

 

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