Segurança no trânsito em todas as fases da vida
Não há idade máxima para dirigir, mas idosos precisam de cuidado extra

De 2011 a 2020, a proporção de condutores com mais de 61 anos no Brasil saltou de 11 para 17% do total.
E, com pessoas cada vez mais longevas, ativas e inseridas socialmente, a tendência é que esse número só venha a aumentar. O que não exime os motoristas de algumas precauções e cuidados específicos.
“Devido ao envelhecimento, há redução de reflexos, limitação da mobilidade, perda de acuidade visual e auditiva… E tudo isso é perigoso no trânsito”, pontua Ricardo Hegele, vice-presidente da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet).
“É essencial o olhar apurado de um médico especialista na área para saber as condições de direção do indivíduo e dar recomendações de acordo com a faixa etária”, completa.
O senso crítico da pessoa e da família também é importante — inclusive para saber a hora de se aposentar do volante.
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Idosos na direção
O avançar da idade é bem particular, mas há conselhos gerais
- Comodidade
É preferível a condução de veículos automáticos e com tecnologias para a direção ficar leve. Passar a marcha e um volante duro não raro causam dificuldades. - Adaptação
Hoje é possível instalar pedais para ter uma superfície maior para os pés e espelhos retrovisores mais amplos a fim de aumentar a visibilidade. - Ambiente
A orientação é tentar dirigir só em lugares sabidamente bem iluminados. Evite pegar o carro à noite ou andar por regiões com pouca exposição à luz. - Avaliação
Dos 50 aos 69 anos, a habilitação (CNH) é renovada a cada cinco anos. Depois disso, a cada três. Mas o ideal é que, a partir dos 60, exames de reflexo e visão sejam feitos periodicamente. - Trajeto
O ideal é priorizar ruas conhecidas e tomar cuidado ao conciliar a direção com o olhar no GPS. Também é melhor evitar viagens longas e altas velocidades. - Autocuidado
Se o idoso estiver com algum problema de saúde, sofreu uma queda recentemente ou está com qualquer queixa, a recomendação é não pegar no volante.