A falta de conhecimento sobre os métodos de contracepção e a importância do planejamento familiar conspira para que 62% das brasileiras com acesso à internet já tenham passado por uma gravidez não programada.
O dado vem de uma pesquisa da Bayer e da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) realizada pelo Ipec com uma amostra de mil mulheres.
Praticamente metade daquelas que engravidaram sem se planejar deu à luz pela primeira vez entre os 19 e os 25 anos. Ao comparar o índice de 62% com o de um estudo anterior, feito em 2011, foi possível detectar um aumento na taxa, que antes era de 55% — a média global é 40%.
Suprir as lacunas de informação e ampliar o acesso das brasileiras a contraceptivos (pílula, preservativo, DIU…) é um caminho incontornável para reverter esse fenômeno capaz de afetar a saúde da mãe e do bebê e a própria economia doméstica.
Passado: 120 anos da teoria dos cromossomos
Dois cientistas, o alemão Theodor Boveri e o americano Walter Sutton, propuseram, de forma independente, que os cromossomos seriam a chave para entender a transmissão das características hereditárias, tese corroborada pelas descobertas sobre o DNA que viriam mais tarde. Cromossomos são os pacotes de genes que herdamos dos nossos pais.
Futuro: nanocápsulas de prata versus bactérias resistentes
A solução engenhosa vem da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e se baseia em nanopartículas que permitem levar agentes bactericidas a pomadas e outros produtos e materiais. O foco de atuação seriam micróbios multirresistentes, um problema de saúde pública e extremamente preocupante no ambiente hospitalar.
Um lugar: Nova Zelândia vai proibir venda de cigarros para jovens
Aplaudido por uns, controverso para outros, um projeto de lei desse país visa banir a venda de tabaco para cidadãos nascidos após 2008. O objetivo é um só: impedir que a nova geração comece a fumar e pegue gosto pela coisa. Afrontas à liberdade de escolha foram apontadas pelos críticos. Os defensores alegam que o cigarro vicia e provoca estragos à saúde e aos cofres públicos.
Um dado: 16 dólares poupados a cada dólar investido em vacinas
Eis o custo-benefício da aplicação das vacinas segundo um estudo destacado pelo professor canadense de origem tcheca Vaclav Smil no livro Os Números Não Mentem, da Editora Intrínseca (clique para ver e comprar). Na obra, ele explica como a matemática ajuda a entender questões tão diversas como pandemias, tendências alimentares, expectativa de vida e impactos ambientais.
Uma frase: Claudia Feitosa-Santana
“A busca por uma vida mais feliz sempre vai ter espaço para oscilações (…) Entretanto, quanto mais consciente ficamos das oscilações, mais podemos nos aproximar do caminho do meio, evitando a montanha–russa de estados atormentadores e debilitantes. Isso quer dizer que é possível evitar que eles venham a acontecer? Não, mas conseguimos lidar melhor com a transitoriedade e, por consequência, essas situações se tornam menos frequentes e mais proporcionais. Se estou muito feliz, preciso me lembrar de que momentos tristes virão. Por outro lado, se estou triste, devo pensar que vai passar. Precisamos treinar a mente para ganhar mais controle sobre como nos sentimos a fim de, então, termos mais controle sobre nossa vida.”
Claudia Feitosa-Santana, neurocientista, no livro recém-lançado Eu Controlo Como Me Sinto, da Editora Planeta (clique para ver e comprar)