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Radar da saúde: crianças brasileiras estão comendo pior e engordando

Investigação sobre a alimentação e o estado nutricional de menores de 5 anos no país documenta tendência preocupante. Veja este e outros destaques no radar

Por Diogo Sponchiato
26 ago 2022, 13h29
ilustração de criança acima do peso comendo salgadinho no cadeirão
80% das crianças brasileiras consomem alimentos ultraprocessados. (Ilustração: Tchaco/SAÚDE é Vital)
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A cada dez crianças no Brasil, uma está acima do peso e oito costumam ingerir alimentos ultraprocessados, aqueles cujo consumo frequente está ligado a maior risco de doenças. É o que atesta o último recorte do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani), em cima de dados colhidos em 2019.

A pesquisa abarca quase 15 mil meninos e meninas de mais de 12 mil domicílios de todas as regiões do país. O índice anterior de excesso de peso na infância, de 2006, apontava que 6% da faixa mais nova da população se encontrava nessa situação — número que pulou para 10%.

O trabalho, coordenado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), também descobriu que 7% dos pequenos possuem baixa estatura para a idade.

O mapeamento alerta para o impacto de curto e longo prazo dos hábitos alimentares no desenvolvimento e no estado de saúde das crianças, algo que precisa ser contemplado por políticas públicas mais eficientes.

+ LEIA TAMBÉM: Você lê os rótulos dos produtos que dá para os seus filhos?

ilustração de planta com bolo de aniversário de 50 anos
(Ilustração: Tchaco/SAÚDE é Vital)

Passado: 50 anos de um remédio para a malária

O ano de 1972 viu o nascimento de um fármaco que foi um divisor de águas diante dessa grave doença transmitida por mosquitos. A cientista chinesa Tu Youyou se debruçou em textos antigos sobre plantas e extratos utilizados na medicina tradicional de seu país e, transpondo os achados ao laboratório, concebeu um medicamento inovador à base de artemisinina — feito digno de um Nobel.

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ilustração de cápsula com princípios ativos saindo
(Ilustração: Tchaco/SAÚDE é Vital)

Futuro: promessa para silenciar a dor crônica

A partir do conhecimento genético sobre o organismo de pessoas resistentes à dor, uma equipe do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveu uma substância capaz de tornar o corpo insensível a estímulos dolorosos. A primeira boa notícia: ela funcionou em experimentos com camundongos.

ilustração do mapa do quirguistão com símbolo da máscara da peste negra ao lado
(Ilustração: Tchaco/SAÚDE é Vital)

Um lugar: Quirguistão, o berço da peste negra

A bactéria causadora da epidemia que devastou a Europa e a Ásia na Idade Média pode ter surgido nessa ex-república soviética. Pesquisadores da Alemanha e da Inglaterra flagraram o DNA do patógeno em restos mortais de pessoas enterradas ali cerca de dez anos antes de a doença se alastrar pelo continente europeu na primeira metade do século 14.

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ilustração de monitor cardíaco de hospital
(Ilustração: Tchaco/SAÚDE é Vital)

Um dado: 240 mil novos casos de insuficiência cardíaca por ano no Brasil

O número assombroso foi divulgado no último congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), ocasião em que também foram discutidos planos de ação e novos tratamentos para o quadro de enfraquecimento e colapso do coração. Felizmente, o leque de opções terapêuticas disponíveis vem se ampliando.

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caricatura da autora da frase
(Ilustração: Tchaco/SAÚDE é Vital)
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Uma frase: Blenda Marcelletti de Oliveira

“Entender a ansiedade como uma espécie de caldo em que inexoravelmente todos estamos imersos é abandonar o olhar apenas psicopatológico que classifica quase todas as suas manifestações sob a denominação de transtorno. A ansiedade é a vida que levamos e talvez, se pudermos fazer um recorte mais real, possamos lidar com ela como parte do viver e transformá–la naquela força motriz que nos impulsiona a caminhar para a frente em busca de mais sentido e de um lugar no mundo.”

Blenda Marcelletti de Oliveira, psicóloga, no livro Fazendo as Pazes com a Ansiedade(Editora Nacional)

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