Por que crianças têm de ser vacinadas contra o rotavírus?
O rotavírus causa muitas infecções intestinais, especialmente em menores de 5 anos. Os dois imunizantes no país reduzem hospitalizações e salvam vidas
Esses vírus pertencem à família Reoviridae, do gênero rotavírus. Protegidos por uma camada tripla de proteínas, sobrevivem entre sete e 14 dias no meio ambiente. São divididos em sete grupos, cada um com diferentes sorotipos. Cinco deles são os principais responsáveis pela maior parte das infecções infantis.
E a transmissão? Ao ser expelido nas fezes, o rotavírus se propaga, dando início a novos ciclos de contaminação. O contágio se dá por via fecal/oral, pela ingestão de água e alimentos, pelo contato com mãos e objetos sem higienização adequada e, ainda, por gotículas respiratórias. Sim, várias frentes!
Após um período de incubação curto, geralmente menor que 48 horas, aparecem repentinamente os sintomas clássicos da rotavirose: febre, dor no corpo, náusea, vômito e diarreia com aspecto aquoso e explosivo. A eliminação do vírus pode persistir mesmo depois que o quadro melhora.
O rotavírus atinge os enterócitos, as células que revestem o intestino delgado, provocando gastroenterite. A infamação reduz a absorção de nutrientes e altera a permeabilidade local, permitindo que substâncias indesejadas cheguem à circulação. Afeta também a motilidade intestinal.
Nas formas severas, sobretudo em crianças menores de 2 anos, idosos ou adultos com imunodefciência, a infecção pode levar à perda excessiva de eletrólitos, elementos responsáveis pelo transporte de água para as células, causando desidratação e aumentando o risco de morte.
Como evitar a infecção
Além da vacinação, zelar pela higiene é a melhor estratégia para afastar o perigo do rotavírus. Caprichar na lavagem das mãos a cada ida ao banheiro ou troca de fralda do bebê é regra básica.
Muito cuidado na limpeza ao manipular alimentos. Em lugares onde há falha no saneamento básico, a água deve ser fervida antes do consumo.
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O que fazer se adoecer
Hidratar é palavra-chave no manejo da infecção, uma vez que a ideia é repor os líquidos perdidos e evitar a desidratação. Se o bebê estiver em fase de amamentação, ela não deve ser interrompida, mas, sim, intensifcada.
O ideal, porém, especialmente diante de sintomas duradouros, é procurar avaliação médica, porque os quadros mais graves de gastroenterite podem exigir a aplicação de soro na veia.