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O novo imunoterápico do SUS para tratar a leucemia mais comum em crianças

O blinatumomabe, incorporado à rede pública em dezembro de 2023, tem alta eficácia em 'zerar' esse câncer, o que contribui para o transplante de medula

Por Gabriela Cupani, da Agência Einstein*
7 fev 2024, 11h35

O blinatumomabe, um imunoterápico utilizado no tratamento da leucemia linfoblástica B (LLA B), apresentou resultados mais eficazes que a quimioterapia enquanto as crianças aguardam por um transplante de medula óssea. Em dezembro de 2023, o Ministério da Saúde aprovou um protocolo de tratamento em pacientes de até 18 anos que sofreram recidiva da doença (quando ela reaparece) que inclui esse medicamento.

Para passar pelo transplante de medula óssea, um procedimento que pode levar à cura, pessoas com esse tipo de leucemia precisam entrar em remissão, ou seja, “zerar” a doença. Enquanto a quimioterapia apresenta uma taxa de sucesso de 54%, o blinatumomabe, da farmacêutica Amgen, elevou a chance para aproximadamente 90%.

“O medicamento possibilita que esses pacientes realizem o transplante que não aconteceria em outro cenário”, diz o oncologista Neviçolino Pereira de Carvalho Filho, presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica.

A droga também tem menos efeitos colaterais que a quimioterapia.

+Leia também: Leucemia mieloide aguda: o que saber sobre a doença de Fabiana Justus

Como funciona o blinatumomabe contra a LLA B?

O medicamento, já usado amplamente no exterior, é um anticorpo monoclonal que age estimulando o sistema imunológico. Ele se liga tanto às células cancerosas quanto aos linfócitos T, facilitando o trabalho de reconhecer e destruir o tumor.

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“Vamos poder oferecer para os pacientes pediátricos um tratamento avançado e eficiente para a leucemia linfoblástica B na recidiva”, diz o hematologista Fabio Pires de Souza Santos, do Hospital Israelita Albert Einstein.

Novos estudos também vêm demonstrando bons resultados do blinatumomabe quando usado na primeira linha – ou seja, como um tratamento inicial, antes da recidiva.

Um deles, publicado em abril, testou o medicamento associado à quimioterapia em crianças com um tipo muito agressivo de LLA, e constatou um aumento da sobrevida.

“No Brasil, ele já é indicado no setor privado. Algumas instituições públicas também vinham usando graças a parcerias com Organizações Não Governamentais (ONGs)”, afirma Carvalho Filho.

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A LLA é o tipo mais comum de câncer pediátrico e tem altas chances de cura, mas exige um tratamento agressivo e rápido. Ela ocorre quando há uma mutação nos linfócitos, um tipo de glóbulo branco, que não amadurecem corretamente, dando origem a uma célula anômala, chamada blastos leucêmicos.

Essas células se multiplicam rapidamente e se acumulam na medula óssea, prejudicando o desenvolvimento das unidades saudáveis. Alguns dos sintomas são aumento dos gânglios, hematomas pelo corpo, sangramentos nas gengivas e no nariz, entre outros.

*Este conteúdo foi publicado pela Agência Einstein

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