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Novo sensor promete eliminar fios e facilitar o colo na UTI neonatal

A inovação é praticamente invisível, monitora melhor a saúde e aumenta o contato pele a pele com os pais, importantíssimo para o desenvolvimento do bebê

Por Chloé Pinheiro
26 mar 2019, 17h21

Um novo sensor sem fios, desenvolvido pela Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, promete diminuir a barreira física entre pais e bebês na UTI neonatal. Discreto e feito com material biocompatível, ele é uma das maiores inovações dos últimos tempos nos cuidados com recém-nascidos que precisam ficar internados.

A UTI neonatal salva vidas, mas não é nada aconchegante. Há um monte de equipamentos entre os pais e o filho: a incubadora em si e monitores de sinais vitais que precisam ficar colados à pele o tempo todo. O emaranhado de fios e máquinas dificulta a amamentação e torna impraticável aquela volta gostosa para ninar o filho no colo.

“Qualquer pessoa que já entrou em um ambiente do tipo imediatamente nota quão pequenos são os bebês, e quantos fios estão ligados a ele”, declarou a pediatra Debra Weese-Mayer, uma das autoras do trabalho, em comunicado à imprensa. “A possibilidade de fazer o monitoramento wireless tem enorme potencial para reduzir o impacto psicológico e físico nos profissionais, pais e bebês”, completou.

É aí que se encaixa o sensor. Pequenino e leve, ele é colocado na pele do bebê e envia, sem a necessidade de fios, informações sobre os sinais vitais para um aparelho instalado no colchão. E esse dispositivo, por sua vez, encaminha os dados para aqueles monitores que os profissionais de saúde estão sempre observando.

A novidade foi testada com mais de 70 recém-nascidos e demonstrou transmitir dados fiéis e até mais completos sobre a saúde do pequeno.

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O valor do toque

Uma das principais vantagens dos sensores sem fio é propiciar o contato pele a pele com a mãe. Ele facilita o aleitamento, é importante para a formação do vínculo afetivo e para o próprio desenvolvimento infantil.

Além de acalmar o recém-nascido e aliviar a dor, estudos mostram que a proximidade reduz o risco de complicações pulmonares, infecções e problemas no fígado.

A expectativa dos inventores da engenhoca é que, com sua chegada ao mercado, seja possível até analisar melhor como o organismo reage ao toque físico, e mais estudos apareçam para detalhar em profundidade esses benefícios.

Uma ótima notícia para os prematuros

O dispositivo promete ajudar muito esses bebês, que quase sempre têm que ficar internados na UTI neonatal. Por exemplo: um experimento sugere que o contato pele a pele diminui os hormônios de estresse em circulação entre os prematuros, o que influenciaria no neurodesenvolvimento.

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Nascer antes da hora é, aliás, a maior causa de mortalidade infantil até os 5 anos de idade. No Brasil, cerca de 10% dos partos são prematuros – ou quase 300 mil bebês ao ano. O país ocupa o décimo lugar no ranking mundial da prematuridade da Organização Mundial da Saúde.

Diferença na pele

As fitas adesivas usadas atualmente para grudar os sensores tradicionais podem causar irritação e cicatrizes, além de elevar o risco de infecções dermatológicas nos recém-nascidos, que possuem a pele delicada. Pois o novo aparelho promete ser gentil com a derme. Ele é leve, fino como uma folha de papel e elaborado com silicone macio e flexível.

Há ainda outras vantagens, como a medição da pressão arterial – hoje feita com o esfigmomanômetro, que também deixa marcas. O custo é atraente: cada unidade custa menos de 10 dólares e pode ser esterilizada para reuso.

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Estima-se que o material chegará aos hospitais americanos em dois ou três anos. A Universidade de Northwestern pretende enviar a tecnologia a países em desenvolvimento com o apoio de organizações não governamentais.

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