Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Estudo avalia aprendizado de bebês que ficaram isolados na pandemia

Pesquisadores de 13 países investigaram o impacto da quarentena na aquisição de linguagem. Bebês que tiveram contato com livros se deram melhor

Por Da Redação
15 fev 2022, 17h56
os impactos da pandemia na educação
Em estudo, pais que leram mais para seus filhos relataram aprendizado de mais palavras do que aqueles que deixaram as crianças nas telas. Mas efeito da tecnologia não foi tão ruim como o esperado. (Foto: Stephen Andrews/Unsplash/Divulgação)
Continua após publicidade

Crianças em todo o mundo tiveram de ficar longe de creches e escolas por períodos diferentes durante o isolamento devido à pandemia de coronavírus. Elas também deixaram de passear e conviver com amigos e parentes. Pois pesquisadores de 13 países se uniram para descobrir como essas medidas impactaram no aprendizado de bebês de 8 até 36 meses.

O estudo começou em março de 2020, quando pais forneceram dados básicos sobre seus filhos, como idade, número de irmãos, exposição a diferentes línguas e desenvolvimento de vocabulário. Novas perguntas foram feitas após o fim do lockdown, dessa vez sobre as atividades realizadas no isolamento, tempo de tela e quantidade de palavras aprendidas nessa fase.

Os países participantes foram Canadá, França, Alemanha, Israel, Noruega, Polônia, Arábia Saudita, Suíça, Turquia, Reino Unido, Estados Unidos e Bulgária. Não houve comparações em relação à duração ou severidade do isolamento, que foram diferentes em cada país.

Compartilhe essa matéria via:

Como esperado, pais que leram mais para seus filhos relataram o aprendizado de mais palavras do que aqueles que não se dedicaram tanto a esse hábito. E crianças com maior exposição às telas aprenderam menos palavras em relação àquelas que passavam menos tempo diante de televisão, tablets e afins.

Continua após a publicidade

O que surpreendeu é que os pequenos que não tinham tanto o hábito de ficarem conectados e aumentaram esse consumo durante a pandemia também tiveram ganhos de linguagem.

“Embora isso sugira que o isolamento relativamente curto não afetou negativamente o desenvolvimento da linguagem de crianças pequenas, devemos ser cautelosos ao assumir que isso se aplicaria a tempos normais ou a bloqueios mais longos, dadas as circunstâncias extraordinárias que as crianças e seus pais enfrentaram durante esse período”, avaliou Natalia Kartushina, professora da Universidade de Oslo, na Noruega, que liderou essa parte da pesquisa, publicada na revista Language Development Research.

Um segundo braço do trabalho se dedicou a avaliar exclusivamente o aumento no tempo de exposição às telas durante o lockdown e a aquisição da linguagem. A iniciativa foi liderada pela Universidade de Göttingen, na Alemanha, com o Instituto Max Planck de Psicolinguística, na Holanda, e a Universidade de Ciências Aplicadas e Artes da Suíça Ocidental.

Continua após a publicidade

Os pesquisadores perceberam que os dispositivos eletrônicos eram uma das únicas soluções para algumas famílias, que precisavam cuidar dos pequenos e entretê-los.

+ LEIA TAMBÉM: Usar tom mais alto e exagerado com bebês ajudaria na produção da fala

“Permitir que seu filho tenha mais tempo de tela é uma solução compreensível para essa situação sem precedentes”, reconheceu Nivedita Mani, professora da Universidade de Göttingen, em comunicado à imprensa.

Continua após a publicidade

Tem muito estudo pela frente

Vale lembrar que o desenvolvimento infantil vai além do aprendizado de palavras. Nos próximos anos, muitas pesquisas devem se debruçar sobre o efeito da pandemia em várias habilidades e também no comportamento de meninos e meninas de idades diferentes.

Cientistas do Hospital Infantil NewYork–Presbyterian Morgan Stanley, nos Estados Unidos, já estão empenhados nisso. E os resultados prévios deles são mais preocupantes.

Em artigo publicado na revista científica Nature, eles relatam que encontraram problemas de desenvolvimento motor e de cognição em bebês que vieram ao mundo durante a crise sanitária em comparação com os nascidos antes.

Continua após a publicidade

Suspeita-se que a menor interação social e também a impossibilidade de brincar com outras crianças em parquinhos, por exemplo, estão entre os fatores capazes de limitar as habilidades dos pequenos. Por outro lado, a expectativa é que os atrasos possam ser revertidos.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.