Há males que, por diversos motivos, agridem as articulações e as estruturas que as cercam. São os chamados reumatismos — e, ao contrário do que você pode pensar, eles não se restringem aos mais velhos. Tanto que no 32º Congresso Brasileiro de Reumatologia, sediado em Curitiba, muitas palestras se dedicaram a como diagnosticar e tratar corretamente essas condições na infância.
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Uma das principais conclusões: é necessário ficar atento a uma lista de sinais (veja alguns dos mais comuns abaixo) que apontam o dedo para esse conjunto de mais de 100 doenças. “Até porque elas podem trazer problemas para vários órgãos, não apenas às articulações”, avisa a reumatologista pediátrica Margarida Carvalho, presidente do Departamento de Reumatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria. Pele, olhos e até o coração às vezes sofrem com a inflamação gerada por vários desses transtornos. Felizmente, o tratamento precoce ajuda a, no mínimo, amenizar as consequências.
As versões mais frequentes
No Brasil, a febre reumática lidera o ranking desse tipo de doença. Ela se origina de uma infecção bacteriana das vias aéreas superiores e pode afetar até o coração. Em segundo lugar aparece a artrite idiopática juvenil, que abala especialmente juntas, músculos, tendões e fígado.
A rotina de quem tem
Após o diagnóstico, sempre surgem incertezas sobre o que a criança pode ou não fazer. E a verdade é que isso varia de caso para caso. Mas, de acordo com Margarida, se o quadro estiver controlado, em geral o exercício físico e as brincadeiras estão liberados. O importante é seguir de perto as orientações médicas.
Sinais de alerta
- Quedas e tropeços frequentes
- Febre prolongada ou recorrente
- Pedidos constantes de colo
- Dor, inchaço, calor e vermelhidão nas juntas
- Perda de peso e atraso no crescimento
- Alterações posturais