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Antonio Lancha Jr, professor expert em atividade física e nutrição da USP e autor de livros como "O Fim das Dietas", ensina como emagrecer sem cair em promessas furadas
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A melhor dieta do mundo

Nosso colunista conta como pensar na alimentação para criar o regime de emagrecimento que melhor se adequa ao seu cotidiano

Por Antonio Lancha Jr.
11 out 2020, 15h39

Quantos amigos você conhece que já fizeram inúmeras dietas? Eu chuto que dará para encher uma mão de nomes em menos de um minuto. Por que será que tanta gente se submete a esses métodos restritivos, mesmo não emagrecendo no médio e longo prazo?

As dietas e os produtos “que secam a barriga milagrosamente” surgem mais rápido do que coelhos se reproduzindo. Elas satisfazem uma tendência nossa a buscar atalhos para desafios complexos e longos. Isso é natural do ser humano: a gente adora um atalho.

O desafio, portanto, é aprender a curtir a viagem (o novo hábito alimentar), e não focar apenas no destino (o peso desejado). Uma viagem começa quando pensamos para onde queremos ir. Sonhamos com passeios, comidas típicas, culturas diferentes e a vontade dela não terminar ao final.

A jornada da alimentação balanceada é parecida. Se a forma de se alimentar diariamente não estiver associada ao prazer, ao convívio social e às experiências de vida, teremos a comida sempre como inimiga da nossa autoestima. Nós oscilaremos entre punições (dietas restritivas) e períodos de indulgência extrema (“depois eu penso nisso”).

Por que então acabamos sempre tentando de novo uma restrição severa? Justamente porque fica a lembrança de que, quando fizemos a dieta, conseguimos emagrecer — e isso acontece mesmo, embora por um curto período de tempo, já que ninguém aguenta seguir assim. Segundo esse raciocínio, nós é que falhamos a cada vez que desistimos de um regime.

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Essa lógica traz um peso enorme para nossos ombros quando, na verdade, a culpa pelo ganho de peso é da dieta restritiva em si. Ela que é insustentável a longo prazo. Acredite, essas dietas não são feitas para durarem. Se fossem, não dariam tanto dinheiro a cada vez que são atualizadas. A culpa não é sua!

A literatura científica é clara em mostrar dados de ganho de peso ao longo das décadas em pessoas que se submetem a dietas restritivas. Os quilos perdidos com um regime severo via de regra são menores do que os que você ganha na sequência, ao abandoná-lo.

Um artigo recente inclusive comparou diversas dietas (Paleo, low-carb, Atkins, entre outras). Conclusão: todas levam à perda de peso no curto prazo. Mas, de acordo com essa pesquisa, a única coisa que determina o sucesso da dieta com o passar do tempo é a possibilidade de sustentá-la.

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A melhor dieta do mundo é aquela que você não chama de dieta. É uma alimentação que você segue diariamente sem sofrer. Privações de qualquer natureza não produzem redução de peso duradoura. Falamos disso no livro “O Fim das Dietas” (compre aqui).

Dieta não funciona, porque tem data de início e de término. O divertido mesmo é curtir a viagem, sem radicalismos.

Antes de pensar em fazer qualquer dieta, imagine se você consegue mantê-la sempre contigo, onde quer que você vá. Ela precisa ser a viagem que sempre queremos fazer, e não a punição por algo que você não tem culpa.

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