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Médicos, nutricionistas e outros profissionais da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) explicam as novas (e clássicas) medidas para resguardar o peito

Internações por infarto aumentam 160% em 20 anos

Homens e mulheres enfrentam estatísticas ruins sobre a saúde cardiovascular

Por Ricardo Pavanello, cardiologista*
Atualizado em 11 abr 2025, 10h40 - Publicado em 11 abr 2025, 10h39
o que fazer se alguém infartar
Projeto contra infarto tem como objetivos treinar médicos e enfermeiros dos serviços de emergência e também orientar a população. (Imagem: JOSHUA COLEMAN/Unsplash/Divulgação)
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Nas duas últimas décadas, houve um aumento de 158% nas internações de homens por infarto. Entre as mulheres, o acréscimo foi de 157%, revelam dados da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp).

No total de internações masculinas por doenças cardiovasculares (DCVs) em 2023 no Brasil, quase 85% ocorreram em caráter de urgência. No caso das mulheres, 74% necessitaram de hospitalização emergencial.

Uma das hipóteses para explicar esta prevalência masculina pode ser o fato de o grupo feminino ser mais zeloso, buscando atendimento médico já aos primeiros sintomas, ou de elas cumprirem melhor a recomendação de check-ups periódicos.

Os dados foram tabulados pela Socesp, com base em registros oficiais de 2024 até o último mês de novembro.

Entre as possíveis explicações para esta progressão, o envelhecimento da população e o incremento dos fatores de risco cardiovascular, como a obesidade, hábitos alimentares não saudáveis, sedentarismo e o estresse.

+Leia também: As 10 dicas de ouro para proteger o seu coração, segundo a ciência

De qualquer forma, ainda há muitas pessoas chegando ao hospital já no limite de tempo para serem salvas, engrossando as estatísticas de mortes por causas cardiovasculares.

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No Brasil, as DCVs respondem por cerca de 30% dos óbitos em 2023, totalizando 388.177 mortes, sendo 205.159 homens e 182.997 mulheres. Só no estado de São Paulo computamos 50.296 óbitos masculinos e 45.237 femininos.

Quanto ao infarto, porém, há uma tendência de queda quando falamos dos mais velhos. Em contrapartida, nota-se um aumento de casos novos e outros já constatados no nicho dos jovens.

Segundo o Posicionamento sobre Doença Isquêmica do Coração, de 2023, a ocorrência de infarto, nas duas últimas décadas, aumentou 23,2% entre mulheres e 25,8% entre homens de 15 a 49 anos. Já a incidência de novos episódios foi de 7,6% (mulheres) e 5,8% (homens).

Outro ponto de reflexão é que doenças cardiovasculares acometem os sexos de maneira distinta. Para os homens, o maior vilão é o infarto (70 mil mortes, em 2023), seguido pelo AVC (54 mil) e doenças hipertensivas (29 mil). Já para as mulheres a ordem é inversa: AVC (51 mil), infarto (47 mil) e doenças hipertensivas (33 mil).

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Prevenção

A prática de exercícios físicos e a alimentação balanceada são medidas que ajudam a reverter esses índices que só têm crescido.

A gravidade do quadro denota a necessidade urgente de intervenções em saúde pública, com ações focadas na prevenção, especialmente em relação aos grupos mais vulneráveis, como jovens e mulheres.

+Leia também: O que as mulheres podem fazer para preservar o coração?

Congresso Socesp 2025

Os prejuízos das doenças cardiovasculares são globais. Elas assinam 70% das mortes por doenças não transmissíveis no mundo. Em 2022, cerca de 19,8 milhões de pessoas morreram vitimadas por DCVs, um aumento de 39,4% em relação a 1990, quando foram registrados 12,4 milhões de óbitos.

Portanto, esta batalha está longe de terminar. De alguma forma estamos falhando no que tange à conscientização da sociedade sobre as consequências muitas vezes irreversíveis desses males.

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Não para menos, a palestra de abertura do 45º Congresso da Socesp – que acontece nos dias 19, 20 e 21 de junho, no Transamerica Expo Center, em São Paulo – será sobre o tema.

A conferência estará a cargo da professora de Medicina e diretora de Pesquisa Cardiovascular Intervencionista e Ensaios Clínicos do Mount Sinai School of Medicine, em Nova York, Roxana Mehran. A especialista endossa a relevância do evento: segundo ela, “o Congresso da SOCESP é uma das maiores e melhores reuniões anuais em educação e ciência do mundo”.

Na opinião da professora, a adesão ao tratamento é um ponto de constante atenção na prática clínica. “Precisamos trabalhar duro para ter tempo com nossos pacientes e educá-los sobre sua saúde e seu papel em melhorá-la”, refletiu nossa convidada.

*Ricardo Pavanello é cardiologista e presidente do 45º Congresso da SOCESP – Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo

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