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Médicos, nutricionistas e outros profissionais da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) explicam as novas (e clássicas) medidas para resguardar o peito

Coração fraco: insuficiência cardíaca lidera internações de pessoas idosas

Mais de 50% das hospitalizações de indivíduos com mais de 60 anos ocorrem devido ao agravo que pode ser silencioso

Por Múcio Tavares de Oliveira Junior, médico cardiologista*
9 jul 2025, 05h00
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O Dia Nacional de Alerta contra a Insuficiência Cardíaca é celebrado em 9 de julho (Studio Nebulosa/SAÚDE é Vital)
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Conhecida como “doença do coração fraco”, a insuficiência cardíaca (IC) afeta 10% da população com mais de 65 anos.

Entre as explicações, está o próprio processo de envelhecimento: com a idade, o músculo pode passar por alterações como enrijecimento ou redução da capacidade de bombear o sangue de forma eficiente para as necessidades do corpo.

O fenômeno aumenta a predisposição diversas doenças cardiovasculares, além da IC, tais como hipertensão, cardiomiopatias, doença arterial coronariana.

A IC é uma das principais causas de morbimortalidade no mundo, sendo que, após o diagnóstico, a sobrevida média é de 50% em cinco anos e, nas fases avançadas, de 50% em um ano.

Os sintomas mais comuns são: dispneia, fadiga, edema, suor frio, falta de ar, tonturas, coração acelerado, tosse, perda de apetite, palidez e inchaço nas pernas, pés e abdome. Um sinal clássico e que deve levar o paciente com brevidade ao serviço de emergência é a dispneia ou falta de ar em repouso.

As doenças do coração respondem por 30% do total de mortes no Brasil. Estimativas indicam cerca de três milhões de acometidos.

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+ Leia também: Doenças cardiovasculares: o que você ainda precisa saber?

Retrato da insuficiência cardíaca no Brasil

Entre 2014 e 2024 registrou-se mais de 2,2 milhões de internações pelo agravo no Brasil. Só em 2024 foram 202 mil. A maior concentração está nas regiões Sudeste (42,1%) e Nordeste (22,8%).

A faixa etária mais impactada é entre 70 e 79 anos, seguida pela de 60 a 69 anos. Juntas, representam cerca de 50% de todas as hospitalizações.

A população branca lidera os registros de internação (37,8%) e os homens os dados de maior prevalência (51,8%). Fatores hormonais, metabólicos e comportamentais podem explicar essa maioria masculina.

Os resultados são de uma ampla pesquisa publicada no Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences. O estudo evidencia também que 80% das internações ocorreram de maneira eletiva, enquanto quase 20% dos atendimentos foram “de urgência”.

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A busca por socorro em estágio avançado da doença preocupa, pois denota possível falta de conscientização sobre o diagnóstico e sua gravidade ou acesso limitado aos serviços de saúde.

As internações são necessárias quando há episódios de descompensação, normalmente ocasionados por infecções, falta de adesão ao tratamento, descontrole da hipertensão arterial e insuficiência renal associada.

Uma vez internado, o paciente requer manejo adequado do quadro, terapias farmacológicas, ajustes na dieta e monitoramento rigoroso de todos os indicadores de saúde, incluindo ecocardiografia para avaliar a gravidade do acometimento.

Em casos extremos, cirurgia para implante de dispositivos de assistência circulatória ou até transplante cardíaco podem ser indicados.

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+ Leia também: Saiba quais são os principais sintomas de colesterol alto

Conscientização e alerta

O Dia Nacional de Alerta contra a Insuficiência Cardíaca, celebrado em 9 de julho, é um estímulo para que entidades como a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) promovam campanhas de conscientização.

Durante o mês, informações, vídeos e podcasts sobre tratamento e prevenção da IC estarão disponíveis nas redes sociais da Socesp. Elaborado de maneira didática, o conteúdo dialoga com todos os públicos.

A entidade também criou o Projeto Insuficiência Cardíaca, um conjunto de cursos online para capacitar profissionais de saúde associados e que atuam na rede pública estadual e municipal. O objetivo do projeto é melhorar o atendimento ao paciente, colaborando para reduzir a mortalidade hospitalar.

E um lembrete importante: a saúde cardiovascular depende muito de nossas escolhas e hábitos de vida. Praticar atividade física regularmente, optar por dietas ricas em vegetais e carnes magras e não abusar de gorduras saturadas, doces e bebidas alcóolicas, além de controlar indicadores como pressão arterial, diabetes e colesterol são iniciativas que contribuem para uma longevidade com qualidade.

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*Múcio Tavares de Oliveira Junior é coordenador do Projeto Insuficiência Cardíaca da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp).

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