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Médicos, nutricionistas e outros profissionais da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) explicam as novas (e clássicas) medidas para resguardar o peito
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Aperto no peito dentro do avião? Saiba o que fazer

Não é incomum passar por situações de emergência durante um voo, como problemas cardíacos. Médico explica quais os procedimentos adequados nesse momento

Por Agnaldo Piscopo, cardiologista*
4 jan 2023, 09h30

Em primeiro lugar, não há razão para pânico. Mas, assim como acontece com tudo que envolve o coração, a prevenção é – com o perdão da frase feita – o melhor remédio.

É que um evento cardíaco passível de ser socorrido na emergência de um hospital de referência, com uma equipe treinada e com os recursos adequados, pode ser fatal dentro de um avião.

Afinal, as soluções disponíveis na aeronave serão limitadas, e o tempo entre o início dos sintomas e a chegada dentro de um hospital pode atrasar muito – dependendo, claro, da localização do voo e outros fatores decisivos para garantir um pouso fora do programado.

Segundo estudos da Universidade de Pittsburgh (EUA), publicados na revista científica JAMA, a cada 604 voos acontece uma emergência por causas variadas – ou seja, são 130 vítimas a cada um milhão de passageiros.

+ Leia também: A negligência é um grande risco ao coração

E, entre as ocorrências, 7% são por problemas cardiovasculares, com 0,2% dos casos evoluindo para morte súbita.

Apesar de não termos estudos semelhantes no Brasil, os indicadores são parecidos e tendem a ser maiores em períodos como o final de ano e as férias, quando o fluxo nos aeroportos é bem acima do normal.

Antes de apertar os cintos

Mas o que fazer para não entrar para as estatísticas cardíacas, aparentemente ínfimas, mas que representarão 100% se você ou alguém de sua família for a vítima?

É preciso ficar atento a sinais como: dor no peito (que pode irradiar para braço ou pescoço), sensação de enjoo ou azia, náusea, cansaço, taquicardia, entre outros. Se notar algo assim e não tiver entrado no avião ainda, então evite viajar.

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+ Leia também: Ressuscitação cardiopulmonar: a vida nas palmas das mãos 

Por serem sintomas que não parecem muito relevantes – o cansaço e o enjoo, por exemplo, são facilmente justificados – existe a tendência de as pessoas embarcarem mesmo assim. E lembre-se: antes do check-in, é importante estar com o check-up em dia.

E isso não significa que sua viagem está contraindicada eternamente. Em muitas situações, medicamentos anticoagulantes podem ser ministrados uma hora antes do embarque para voos com mais de oito horas de duração, funcionando como preventivo.

Essas providências são necessárias porque no interior da cabine o ambiente é mais inóspito. Para ter ideia, há menos oxigênio – respiramos com 21%, enquanto no avião esta porcentagem fica em 19%.

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Além disso, a umidade relativa do ar gira em torno de 20%, o que deixa o sangue mais viscoso – e a pressurização aumenta o risco de acidentes tromboembólicos.

Para quem tem propensão a cardiopatias, esses fatores podem funcionar como alavanca, inclusive para um infarto.

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Saída de emergência

Uma vez nas alturas, se os desconfortos aparecem, peça ajuda aos comissários. Eles seguirão um protocolo, uma vez que o piloto dependerá do trajeto e das condições climáticas para pousar em pouco tempo e oferecer o atendimento adequado.

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Cabe destacar que, sem nenhum tipo de assistência, metade dos pacientes morre na primeira hora após o infarto.

Via de regra, a tripulação de uma companhia aérea não tem formação médica, mas, após os sintomas mencionados, ela deve estar tecnicamente preparada para fazer uma varredura e agir ao concluir que está diante de uma síndrome coronariana aguda.

Algumas empresas mantêm um aparelho de eletrocardiograma portátil para realizar o exame e transmiti-lo a uma central médica em terra para a interpretação.

Quando todos os indicativos levam à conclusão de um infarto iminente, o procedimento adequado é, em linhas gerais, ministrar aspirina 325 mg por via oral e nitroglicerina ou nitrato para uso sublingual – respeitando as contraindicações.

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Já se a intercorrência for uma parada cardíaca, o primeiro passo é verificar respiração e pulso. Na ausência desses sinais vitais, o comissário inicia a ressuscitação cardiopulmonar, com compressão torácica e aplicação do desfibrilador o mais rápido possível. Se não houver resposta, a orientação é injetar epinefrina por via intravenosa.

Vale lembrar que essas ações são de primeiros socorros e, apesar de serem efetivas na maioria das vezes, estão longe de ser o tratamento ideal.

Ideal mesmo é não descuidar da saúde cardiovascular, fazendo consultas e exames de rotina para, assim, manter a vida em velocidade de cruzeiro em céu de brigadeiro.

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*Agnaldo Piscopo é cardiologista e diretor do Centro de Treinamento da SOCESP – Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo.

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