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Guenta, Coração Por Blog Médicos, nutricionistas e outros profissionais da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) explicam as novas (e clássicas) medidas para resguardar o peito
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A negligência é um grande risco ao coração

Especialista reflete sobre os principais desafios atuais para a saúde cardiovascular, do diabetes à hipertensão

Por Ricardo Pavanello, cardiologista*
Atualizado em 20 jan 2023, 13h14 - Publicado em 29 set 2022, 09h25
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  • A hipertensão arterial, o diabetes, o fumo e níveis elevados de colesterol são os principais fatores de risco que causam infartos e derrames. Entretanto, a falta de conhecimento sobre essas ameaças  pode ser ainda mais importante. 

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    Segundo pesquisa da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo – SOCESP, metade dos diabéticos não sabem que convivem com o problema e, portanto, não fazem nenhum tratamento, o que os predispõe aos riscos fatais das patologias cardíacas. Outro dado aponta que 23,2% dos entrevistados nunca foram ao cardiologista e 46,8% tinham feito a visita há mais de um ano. 

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    “Mas eu não sentia nada” é a frase mais comum de se ouvir em uma consulta cardiológica pós-infarto. E o que não surpreende o médico igualmente não deveria surpreender o paciente: a maioria das doenças cardiovasculares são mesmo assintomáticas. Daí a necessidade de consultas e exames preventivos e regulares, que evitam ou ao menos detectam problemas de eles comprometerem órgãos-alvo como o coração, cérebro e rins. O Acidente Vascular Cerebral (AVC), a insuficiência cardíaca, o infarto e o acometimento dos rins estão entre os danos que a trilogia hipertensão, colesterol e diabetes acarretam.

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    A prevenção não só é o melhor caminho como é primordial: de acordo com a SOCESP, 32,3% dos brasileiros são hipertensos e, após os 60 anos, este percentual sobe para 65%. E ainda 40% da população adulta tem colesterol elevado. O resultado são 400 mil óbitos por ano em decorrência das doenças cardiovasculares, o que corresponde a 30% de todas as mortes no país.

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    Por isso, o Dia Mundial do Coração, em 29 de setembro, é uma boa deixa para que as sociedades médicas e os programas públicos de saúde trabalhem para alertar sobre a necessidade de controle de doenças que levam às cardiopatias.

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    O que você come e o quanto se move?

    Além de exigir uma agenda que inclua consultas médicas e exames periódicos, o coração tem fome de alimentação saudável e de atividade física regular. Manter uma dieta balanceada e o corpo em movimento – os exercícios aeróbicos são os mais indicados – minimiza a chance de sobrepeso e obesidade e, consequentemente, de desenvolver cardiopatias. A obesidade está associada a 45% das mortes cardíacas e a 51% dos óbitos por doenças como o AVC.

    Há várias propostas de dietas que previnem as doenças cardiovasculares, como a DASH e suas variantes. Elas preconizam baixa ingestão de gordura e baixo teor de carboidratos. Também primam pelo uso comedido de sal, responsável pela elevação da pressão arterial. 

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    E aqui vale um novo alerta: enquanto a OMS recomenda que o uso máximo de sal por dia não ultrapasse 5 gramas (2 gramas de sódio), nós, os brasileiros, consumimos o dobro: 10 gramas diárias. 

    Rastros da Covid-19

    Desde o início da pandemia, as pessoas ficaram ainda mais sedentárias, ganharam peso e procuraram menos o médico. Um levantamento da SOCESP indica que, entre uma população que já não se caracteriza pela prática rotineira de atividade – 65,8% se dizem sedentários –, o isolamento social surtiu efeito ainda mais negativo: a maioria dos consultados, 44%, admitiu ter feito ainda menos exercícios. Nesse período houve também uma alimentação mais desregrada:  44,3% afirmaram que ganharam peso durante o combate à Covid-19.

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    Ter consciência sobre as consequências graves e até letais que essas negligências do cotidiano acarretam à nossa condição física é fundamental para tomar decisões acertadas para o bem da saúde do coração.

    *Ricardo Pavanello é cardiologista e diretor da SOCESP – Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo.

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