Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

O Futuro do Diabetes

Por Blog Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Carlos Eduardo Barra Couri é endocrinologista, pesquisador da USP de Ribeirão Preto e criador do Endodebate e do Diacordis. Aqui ele mapeia os cuidados e os avanços para o controle do diabetes
Continua após publicidade

Um remédio para prevenir AVC: reduzir o sódio no sal de cozinha

Estudo chinês revela que essa é uma estratégia eficiente para reduzir o risco de acidente vascular cerebral

Por Carlos Eduardo Barra Couri
Atualizado em 6 out 2021, 15h34 - Publicado em 6 out 2021, 15h30
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O comércio internacional ganhou outro patamar com as viagens marítimas dos séculos 15 ao 19. No rol dos produtos mais aclamados estavam as especiarias e temperos, entre eles o sal. Desde então, esse ingrediente se dispersou pelo planeta.

    Estudos indicam que praticamente não existia pressão alta entre os índios brasileiros antes da chegada dos europeus. Com eles também veio o sal.

    Hoje, a ingestão média de sal em nossa população fica em torno de 10 ou 11 gramas ao dia, sendo que a recomendação de entidades como a Sociedade Europeia de Cardiologia é comer menos do que 5 gramas diariamente.

    O sal mais consumido no mundo hoje, aquele convencional sal branco de cozinha, é composto de 100% de cloreto de sódio. E é o excesso de sódio na dieta que eleva o risco de hipertensão. Também não é de hoje que sabemos que a redução do sal no dia a dia ajuda a controlar a pressão arterial.

    Pois uma pesquisa recente realizada com mais de 20 mil pessoas de 600 vilas no norte da China avaliou o efeito de um substituto do sal contendo 75% cloreto de sódio e 25% de cloreto de potássio em comparação com o sal convencional (100% cloreto de sódio). A proporção para a receita foi escolhida porque dessa forma o sabor ficaria parecido com o da versão tradicional.

    Continua após a publicidade

    Fora isso, os cientistas estimularam entre todos os voluntários a moderação na ingestão de sal. Os dois grupos foram acompanhados por cinco anos. Entre os participantes havia pessoas que já tinham pressão alta ou histórico de AVC (acidente vascular cerebral) – 11% apresentavam diabetes.

    E qual foi o resultado? Impressionante: 14% menos AVC e 12% menos mortes no grupo do sal com menos sódio. Tudo isso em paralelo com a redução da pressão arterial.

    Mas é bom deixar claro para não confundir: o estudo chinês não testou o sal do Himalaia ou o sal light, comumente vendidos por aí.

    Continua após a publicidade

    Apesar desses achados valiosos, que abrem caminho a produtos com menos sódio, sabemos que algumas perguntas e desafios continuam em aberto. E a quantidade de sal nos alimentos ultraprocessados? E quanto se utiliza para conservar alimentos em comunidades rurais? O que os governos podem fazer com constatações como essa? Devem regulamentar a indústria e taxar alimentos salgados?

    LEIA TAMBÉM: OMS quer reduzir consumo de sódio em 30% e cria limites para processados

    Mais: será que pessoas sem problemas de saúde conseguiriam prevenir a hipertensão e desfechos graves como o AVC ao utilizar soluções como esse sal com menos sódio?

    Continua após a publicidade

    Independentemente do tipo de sal, é preciso destacar que a moderação é a alma do negócio e uma palavra-chave para a saúde. E a escolha do que compramos e comemos em casa é a alma da nossa dieta.

    Trocar o sal por outros temperos naturais é uma grande sacada para levar à sua cozinha. Reduzir a cota de industrializados é outra boa conduta. E o ideal é minimizar a exposição ao sal desde a infância! Essas são mudanças cruciais para termos adultos mais saudáveis e uma sociedade menos doente.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY
    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 10,99/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.